Crimes em série
Palocci, que está preso em Curitiba desde setembro do ano passado, foi intimado por Moro para depor no caso em que ele e Lula são réus pelo recebimento de R$ 75 milhões da Odebrecht em oito contratos com a Petrobras. Nesse valor, segundo a Força Tarefa da Lava Jato, estão incluídos R$ 12,5 milhões gastos na compra do terreno para o Instituto Lula na Vila Mariana, em São Paulo, e R$ 504 mil usados na aquisição de uma cobertura para Lula em São Bernardo do Campo, localizada ao lado de sua atual residência. O ex-ministro chegou à audiência com Moro disposto a entregar Lula e suas relações ilícitas com a Odebrecht. Falando pausadamente e aparentando calma, Palocci detonou o ex-presidente já ao responder a primeira pergunta feita por Moro sobre a compra do terreno para o Instituto Lula. “As acusações são verdadeiras doutor Moro”. Ele disse que chegou a alertar Lula de que esse negócio daria dor de cabeça. Confirmou que ele foi o intermediário de uma doação de R$ 4 milhões da Odebrecht para o Instituto Lula entre em 2013 e 2014, “para cobrir um buraco nas contas do instituto”.
RÉU CONFESSO Palocci confessou a Moro que ajudou Lula a cometer vários crimes (Crédito:Divulgação)
O ex-ministro confessou ter participado dos crimes atribuídos a Lula e detalhou a relação ilícita existente entre a Odebrecht e os governos Lula e Dilma. O ex-ministro se colocou como um interlocutor dos interesses da empresa junto ao governo, tratando de todos os temas, inclusive ilícitos. “A relação da Odebrecht com os Governos Lula e Dilma sempre foi intensa, movida a vantagens e propinas”, disse. “Os fatos narrados nesta denúncia dizem respeito a um capítulo de um livro um pouco maior do relacionamento da Odebrecht com o governo do presidente Lula e da presidente Dilma. Foi uma relação bastante intensa, bastantes vantagens dirigidas à empresa, propinas pagas em forma de doação de campanha, caixa 1 e 2, benefícios pessoais”, relatou Palocci. Pela primeira vez, o ex-ministro reconheceu que a alcunha “italiano” nas planilhas da Odebrecht se referia a ele. Por meio da conta “italiano”, Palocci movimentou R$ 128 milhões. Ele garantiu, também, que Lula era o “amigo” das planilhas, que chegaram a registrar, em 2012, um saldo de R$ 40 milhões em nome do ex-presidente.
Em fase de negociação de acordo de delação premiada, Palocci confessou também outro crime: que ele e Lula tramaram para obstruir as investigações da Lava Jato. “Em algumas oportunidades, eu me reuni com o ex-presidente Lula no sentido de buscar, vamos dizer, criar obstáculos à evolução da Lava Jato”.
O homem que sabe demais
Palocci está preparando delação premiada e vai contar que:
> Ele é o “italiano” das planilhas da Odebrecht, que atribuíram a ele um total de R$ 128 milhões
> Lula é o “amigo” citado nas planilhas e chegou a ter uma conta corrente no departamento de propinas da empreiteira com R$ 300 milhões
> Em 2012, o saldo dessa conta de Lula era de R$ 40 milhões
> Em 2009, a Odebrecht deu R$ 50 milhões em propinas para o PT em troca de benefícios fiscais para a Brasken, pertencente ao grupo
> Em 2010, com a criação da Sete Brasil, destinada a fabricar as sondas para a exploração de petróleo, Lula ganhou R$ 51 milhões
> A Projeto, empresa de consultoria de sua propriedade, foi usada para o recebimento de propinas das empreiteiras. De 2006 a 2015, a empresa movimentou R$ 107 milhões.
O ex-ministro confessou ter participado dos crimes atribuídos a Lula e detalhou a relação ilícita existente entre a Odebrecht e os governos Lula e Dilma. O ex-ministro se colocou como um interlocutor dos interesses da empresa junto ao governo, tratando de todos os temas, inclusive ilícitos. “A relação da Odebrecht com os Governos Lula e Dilma sempre foi intensa, movida a vantagens e propinas”, disse. “Os fatos narrados nesta denúncia dizem respeito a um capítulo de um livro um pouco maior do relacionamento da Odebrecht com o governo do presidente Lula e da presidente Dilma. Foi uma relação bastante intensa, bastantes vantagens dirigidas à empresa, propinas pagas em forma de doação de campanha, caixa 1 e 2, benefícios pessoais”, relatou Palocci. Pela primeira vez, o ex-ministro reconheceu que a alcunha “italiano” nas planilhas da Odebrecht se referia a ele. Por meio da conta “italiano”, Palocci movimentou R$ 128 milhões. Ele garantiu, também, que Lula era o “amigo” das planilhas, que chegaram a registrar, em 2012, um saldo de R$ 40 milhões em nome do ex-presidente.
Em fase de negociação de acordo de delação premiada, Palocci confessou também outro crime: que ele e Lula tramaram para obstruir as investigações da Lava Jato. “Em algumas oportunidades, eu me reuni com o ex-presidente Lula no sentido de buscar, vamos dizer, criar obstáculos à evolução da Lava Jato”.
O homem que sabe demais
Palocci está preparando delação premiada e vai contar que:
> Ele é o “italiano” das planilhas da Odebrecht, que atribuíram a ele um total de R$ 128 milhões
> Lula é o “amigo” citado nas planilhas e chegou a ter uma conta corrente no departamento de propinas da empreiteira com R$ 300 milhões
> Em 2012, o saldo dessa conta de Lula era de R$ 40 milhões
> Em 2009, a Odebrecht deu R$ 50 milhões em propinas para o PT em troca de benefícios fiscais para a Brasken, pertencente ao grupo
> Em 2010, com a criação da Sete Brasil, destinada a fabricar as sondas para a exploração de petróleo, Lula ganhou R$ 51 milhões
> A Projeto, empresa de consultoria de sua propriedade, foi usada para o recebimento de propinas das empreiteiras. De 2006 a 2015, a empresa movimentou R$ 107 milhões.
Fonte: Isto É
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