(Pré-candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin - Edilson Dantas / Agência O Globo)
Com apoio do centrão, Alckmin aparecerá em 38% do tempo da propaganda eleitoral
Alckmin esteve em uma situação parecida à atual quando disputou a presidência da República em 2006. Naquele ano, o PSDB conquistou 40,9% da propaganda de TV por meio de um acordo com PFL (atual DEM) e PPS. Saindo de seu segundo mandato como governador de São Paulo, o tucano contava com a exposição para se tornar mais conhecido no resto do país e tentar se contrapor ao PT, que ainda sofria os efeitos do escândalo do mensalão.
Alckmin acabou sendo derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva, que se reelegeu, mesmo com 28,8% do tempo de TV.
Para a campanha deste ano, o esforço de Alckmin passa por aumentar sua intenção de voto. Na última pesquisa Datafolha, divulgada em junho, o tucano aparece em quinto lugar, com 6% a 7% da preferência dos eleitores, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e, em alguns cenários, de Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT). Com mais exposição, o PSDB tenta alavancar a campanha de Alckmin e levá-lo ao segundo turno.
Na outra eleição que o PSDB teve mais tempo de TV, em 2002, os tucanos haviam lançado José Serra para tentar dar continuidade aos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. Uma composição com o PMDB garantiu a Serra, então ministro da Saúde, 41,3% dos 25 minutos da propaganda eleitoral. Ele foi o segundo mais votado no primeiro turno e acabou perdendo a eleição para Lula, que aparecia em 21,3% do horário eleitoral de rádio e TV.
De 1994 para cá, as eleições de 2002 e 2006 foram as únicas em que não ganhou o candidato que tinha mais tempo de TV.
Em 1994 e 1998, o PSDB aparecia em 27% e 47,2% das propagandas eleitorais, respectivamente, e elegeu Fernando Henrique.
Em 2010, após costurar acordos com PMDB, PR e PRB, os petistas fizeram com que Dilma Rousseff aparecesse em 42,5% do tempo. Dilma tinha o desafio de se apresentar para o público, mas contava com os altos índices de aprovação de Lula ao final do seu segundo mandato. Na eleição seguinte, em 2014, foram 45,6% (em 2014).
*O Globo
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