08 outubro 2018

Cabo Daciolo termina eleição à frente de Marina Silva e Henrique Meirelles


O candidato do Patriotas à Presidência da República, Cabo Daciolo, vota na região do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro - 07/10/2018 (Zô Guimarães/Folhapress)


Candidato nanico passou boa parte da eleição rezando isolado em um morro no Rio de Janeiro e gastou apenas 808 reais na campanha presidencial

Cabo Daciolo (Patriota), o nanico que roubou a atenção nesta eleição, obteve mais votos para presidente da República do que figuras carimbadas da política nacional, como o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) e a ex-senadora Marina Silva (Rede). Ele obteve 1,26% dos votos válidos, o que equivale ao apoio de 1,3 milhão de eleitores.

Meirelles somou 1,21% dos votos (1,2 milhão de eleitores), enquanto Marina Silva obteve 1% (1,06 milhão de pessoas). Os números de Daciolo, que virou meme na internet em função de suas participações nos debates, surpreendem devido à condução amadora de sua campanha.

Daciolo gastou apenas 808 reais durante toda a sua campanha. Em comparação, Meirelles investiu 53 milhões de reais para tentar se eleger, e Marina aportou 4,9 milhões de reais.

O candidato do Patriota também teve atuação discreta em comícios e agendas públicas. Enquanto os adversários rodaram o Brasil, Daciolo passou boa parte da campanha isolado em um morro no Rio de Janeiro, onde dizia estar rezando e jejuando. A decisão fez com que ele faltasse a diversos debates transmitidos pelo rádio e pela televisão.

O desempenho de Marina é sofrível diante dos números demonstrados por ela anteriormente. Na eleição de 2014, a ex-senadora disputou o Palácio do Planalto pelo PSB e obteve 22 milhões de votos ao assumir a cabeça de chapa no lugar de Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo durante a campanha.

Já Meirelles, que tirou 54 milhões do próprio bolso para concorrer à presidência, teve o terceiro maior tempo de propaganda na televisão para tentar atrair o voto do eleitorado. O bordão “chama o Meirelles” virou piada durante a campanha, mas não elevou sua preferência nas urnas.

Fonte: VEJA

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