15 setembro 2021

Bolsonaro brincou de governar agora mira Paulo Guedes na maior alta de preços em 20 anos que gera desgaste político



O custo político e social da falta de atenção com seu governo, leva Bolsonaro ao desespero e se render ainda mais ao Centrão. Nas cordas, o presidente acena com afagos para seus alvos prediletos que tentou desqualificar e desmoralizar com seu exército de internautas. Isolado no seu gabinete no Palácio do Planalto declarou que é “mais fácil chegar na cadeira de presidente que permanecer nela”. A frase tem cunho de livro de alto ajuda. 

Com problemas no Supremo Tribunal Federal, por não conseguir aprovar teses inconstitucionais e que violam o estado direito, com uma CPI apontada para seu governo com previsão de um relatório que pode lhe custar a abertura de processo de impeachment, Bolsonaro começa a colher o que plantou: a safra  de péssimas notícias e resultados de governo.

O pior cenário para o presidente não mais se sustentar no cargo vem do Agronegócio, o negócio que virou parceiro do presidente e do seu ministro da economia, o poderoso Paulo Guedes. O brasileiro está pagando o dobro do preço pelos produtos que compõem a mesa do café, almoço, jantar e do combustível que transporta safras e o trabalhador. Ao assumir o governo  em 1º de janeiro de 2019, Bolsonaro pagava R$ 3,50 pelo litro da gasolina. Hoje, o combustível é vendido por até R$ 7 por conta da dolarização. A carne de 1ª no supermercado era vendida por R$ 23, agora quilo do bife está R$ 45. O frango triplicou de preço e levou o preço do ovo junto.  Paulo Guedes que prometeu o botijão de gás a R$ 40 está vendo o preço ultrapassar R$ 100. Nenhum governo se sustenta com uma população não podendo consumir e mais grave, desempregada. 

Sustentado no poder pelo “Centrão” que considerava a banda podre e correios do Congresso Nacional,  o presidente Bolsonaro está descobrindo a fantasia que viveu em dois anos e oito meses. Ele começou a sentir que precisa se libertar do contador de novos seguidores nas redes sociais e olhar para o Brasil que está em frangalhos. 

O descaso com a pandemia foi seu maior erro. O mundo já vacinou, o Brasil segue a rotina diária de discussão sobre a falta de imunizante e investigação sobre propina nas compras. Todos os brasileiros e seres dos demais países admitirem que a vacina praticamente dizimou a COVID-19, mas não existe quem convença Bolsonaro é uma meia dúzia que o seguem. Hoje, assistimos as economias do mundo crescendo e o Brasil em profunda recessão e sem um plano de metas para sair do atoleiro em que o governo federal nos enfiou. 

Os próximos dias serão decisivos para transformar trevas em luzes, abrindo o cenário para duas melhores, ou a entrada no inferno para onde Bolsonaro cedeu time sempre tentou nos conduzir. Mais uma vez, o Congresso Nacional e STF poderão entrar em ação para construir saídas e levar esse governo até dezembro de 2022, se não for atropelado pelo impeachment. Toda classe política comenta o fracasso desse governo: a falta de diálogo e de um projeto de governo. 

Aliados e adversários de Bolsonaro estão preocupados com aspectos de comportamento do presidente que sinaliza dialogar e pouco depois parte para o ataque. Ciro Gomes, nas últimas entrevistas tem dito que a comprovação e condenação de Bolsonaro e seus filhos em crimes de rachadinha e enriquecimento ilícito está levando o presidente a ter problemas de parabiose, ou seja, transtorno de personalidade. 


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