08 dezembro 2016

Ferreira Aragão revela preocupação com cenário político brasileiro

Dep. Ferreira Aragão (PDT)

O deputado Ferreira Aragão (PDT), durante o tempo de liderança da sessão plenária desta quinta-feira (08/12), revelou estar preocupado com o momento político que o Brasil atravessa. Para ele, essa disputa entre os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo representa uma ameaça à democracia. "A partir do momento em que você acaba com as instituições, você está chamando os militares para tomar de conta do Brasil, e os militares não querem isso", adiantou.

O parlamentar disse ainda que o caminho não é entregar o País aos militares, porque, assim como tem ladrão no Governo Civil, também teve muito ladrão no governo militar, só que o tratamento dado a essas pessoas na ditadura era outro.

Ferreira Aragão culpou o eleitor que vende o voto pela atual situação que o Brasil vive. "Como comunicador de rádio, venho há 40 anos alertando o eleitor para não vender o voto. Se tivesse uma qualidade do voto, não estaríamos vivendo essa situação", afirmou.

Para o deputado, é preciso melhorar a qualidade do voto no Brasil e também respeitar a Constituição Federal, que diz que os três poderes são independentes e harmônicos. Ele voltou a afirmar que o que está acontecendo no País é que os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo estão medindo forças, e ninguém obedece a ninguém. "É preciso respeitar o estado democrático de direito, e o ordenamento jurídico tem que ser obedecido", pontuou.

Ferreira Aragão destacou que, dos três poderes, o mais importante é o Legislativo, pois é onde as leis são feitas. Segundo ele, o Judiciário apenas aplica a lei, ele não pode legislar, assim com o Executivo também não pode legislar. Ele lembrou que quem representa o povo é o Legislativo.

O parlamentar afirmou ainda que é preciso tirar os “ladrões” do Congresso e que, para isso, é só usar bem o dedo na máquina, na urna eletrônica, pois é a única forma de melhorar o País. "Vamos votar bem, para depois não ficarmos com cara de Madalena arrependida", afirmou.

* Com AL