Parlamentar atuante no apoio ao setor carcinicultor, Danilo Forte chamou atenção para os documentos apresentados pela ABCC nos quais são apontados os efeitos negativos que podem ser gerados com a liberação da importação de camarão vindo do Equador para o Ceará. “Existem riscos sanitários e para a geração de empregos, tanto no contexto industrial como artesanal. Precisamos investir no nosso mercado, que tem potencial e carece de estímulos”, disse.
Itamar de Paiva destacou a necessidade da realização de uma Análise de Risco de Importação (ARI) antes da entrada do produto no país. “Não somos contra a importação, mas é necessário ficar atento às ameaças que isso pode oferecer aos produtores, consumidores e aos crustáceos nativos”, explica.
Já Cristiano Maia, revelou que em visitas a outros países exportadores de camarão “o Brasil é tido como ameaça por ter um enorme potencial de assumir a liderança do setor. Os produtores precisam apenas de segurança”, revela.
Ainda no encontro, os representantes das associações falaram das dificuldades enfrentadas com licenciamento ambiental, com o pouco apoio ao desenvolvimento de pesquisas, além da insegurança jurídica que dificulta a atração de novos investimentos.
O Ceará é um dos maiores produtores do crustáceo no país. O Estado produziu 76 mil toneladas de camarão em 2015, representando 65,7% da produção nacional. A economia pesqueira brasileira tem na exploração dos seus crustáceos (caranguejos, camarões e lagostas), a geração de emprego, renda e meios de subsistência para mais de 20 mil famílias, notadamente nas regiões Norte e Nordeste.
Fonte: Blog do Tidi
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