09 março 2018

Já são 25 pré-candidatos à Presidência da República do Brasil



As eleições gerais acontecem apenas em outubro, mas as movimentações com relação a possíveis candidatos à presidência do País ocorrem desde o ano passado. Nesta semana, alguns partidos definem que políticos filiados irão pleitear a vaga. Ao todo, 25 pré-candidatos foram indicados por suas siglas ou divulgaram interesse em participar da disputa presidencial até o momento.

Dos 25 pré-candidatos, apenas 4 são mulheres. A disputa traz um número de candidatos elevado, superior ao visto nas eleições de 1989, em que Fernando Collor de Mello foi eleito. Direita e esquerda terão mais representações, tendo competições entre partidos de um mesmo campo ideológico que costumavam se unir para lançar apenas um candidato. O cenário é incerto, já que o nome que lidera as pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pode não estar elegível devido a condenação por corrupção.

Até o dia 7 de abril, políticos que ainda não têm um partido definido devem se filiar a um para poder competir. O registro das candidaturas deve ser feito até 15 de agosto. Confira a lista de pré-candidatos por ordem alfabética:

Aldo Rebelo (PSB)
(Foto: Divulgação) 
Aldo Rebelo foi deputado federal por seis mandatos consecutivos (1991 a 2015) e presidiu a Câmara entre 2005 e 2007. Em 8 de janeiro, enviou carta ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, na qual pôs o nome à disposição do partido para disputar a Presidência. Além dele, Beto Albuquerque já anunciou a pretensão de entrar na disputa pelo mesmo partido. O presidente do PSB diz que definirá o pré-candidato em março.
Álvaro Dias (Podemos)
(Foto: Divulgação) 
Álvaro Dias cumpre o quarto mandato de senador (três consecutivos desde 1999 e um de 1983 a 1987). Entre 1987 e 1991, foi governador do Paraná. Anunciou a pré-candidatura à Presidência da República em novembro, durante evento do Podemos no Rio de Janeiro. Ele enfrenta o desafio de se tornar um nome mais conhecido nacionalmente. Segundo pesquisa Datafolha de novembro, o senador é conhecido por 44% dos entrevistados, mas apenas 9% disseram que o conhecem muito bem, tendo apenas 4% das intenções de voto.
Beto Albuquerque (PSB)
(Foto: Divulgação) 
Beto Albuquerque foi deputado estadual no Rio Grande do Sul duas vezes (1991-1994 e 1995-1998) e deputado federal por quatro mandatos consecutivos (de 1998 a 2014). Segundo o presidente do PSB, Albuquerque manifestou interesse em concorrer ao cargo depois da carta de Aldo Rebelo.
Cabo Daciolo (Avante) 
(Foto: Divulgação)
O deputado federal pelo Rio de Janeiro Cabo Daciolo anunciou sua pretensão de concorrer à presidência no último dia 5. Ele foi uma das lideranças da greve dos bombeiros no Rio de Janeiro
Ciro Gomes (PDT)
(Foto: Divulgação) 
Ciro Gomes foi governador do Ceará, prefeito de Fortaleza e deputado estadual e federal pelo Ceará. O atual vice-presidente do PDT enfrenta uma rejeição de cerca de 22% do eleitorado, que, segundo o Datafolha de novembro, diz não votar nele de jeito nenhum, e não decolou. A depender do cenário, ele tem de 6% a 10% das intenções de voto.
Cristovam Buarque (PPS)
(Foto: Divulgação) 
Cristovam é ex-governador do Distrito Federal (1995 a 1999) e ex-ministro da Educação (2003-2004, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva). Exerce seu segundo mandato de senador.
Dr. Rey (sem partido)
(Foto: Divulgação) 
Dono de clínicas de estética no Brasil e nos Estados Unidos, Dr. Rey anunciou sua pretensão à Presidência ano passado para “levantar a nação da miséria”.O pré-candidato ainda não se aliou a nenhum partido.
Eymael (PSDC)
(Foto: Divulgação) 
José Maria Eymael disputou quatro vezes a Presidência da República (1998, 2006, 2010 e 2014, derrotado em todas). Deputado federal constituinte, Eymael exerceu dois mandatos na Câmara (entre 1987 e 1995). É o atual presidente do PSDC.
Flávio Rocha (sem partido) 
(Foto: Divulgação)
Flávio é dono da Riachuelo e anunciou sua pretensão de concorrer ao cargo. Após negar a tentativa de candidatura no último dia primeiro, o empresário deixou aberta a possibilidade de disputar a eleição.  
Fernando Collor de Mello (PTC) 
(Foto: Divulgação) 
Fernando Collor foi o primeiro presidente da República eleito pelo voto direto após a ditadura militar em 1989, sofrendo impeachment em 1992. Atualmente, cumpre o segundo mandato consecutivo como senador por Alagoas. Ele se elegeu em 2006 e se reelegeu em 2014. Foi prefeito de Maceió (1979-1982), deputado federal (1982-1986) e governador de Alagoas (1987-1989).
Geraldo Alckmin (PSDB)
(Foto: Divulgação) 
Em dezembro de 2017, Geraldo Alckmin foi eleito presidente nacional do PSDB e anunciou a pré-candidatura para o Palácio do Planalto. O médico já foi deputado estadual e federal por São Paulo e foi eleito governador do estado em 2010 e 2014. Geraldo Alckmin foi lançado como pré-candidato do PSDB após Arthur Virgílio, que pleiteava também o cargo, desistir.
Guilherme Boulos (Psol)
(Foto: Divulgação) 
O coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) se oficializou nesta semana como pré-candidato do Psol. Outros quatro políticos do partido pretendiam se lançar na disputa, os economistas Plínio de Arruda Sampaio Jr e Nildo Ouriques, o militante do movimento negro Hamilton Assis e a líder indígena Sônia Guajajara.
Henrique Meirelles (PSD)
(Foto: Divulgação) 
Henrique Meirelles se tornou ministro da Fazenda, convidado por Michel Temer, após o afastamento e posterior impeachment de Dilma Rousseff. Em 2002, se elegeu deputado federal pelo PSDB de Goiás. Em 2003, assumiu a presidência do Banco Central, escolhido pelo então recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro disse que só decidirá em abril se pretende lançar pré-candidatura a presidente.
Jair Bolsonaro (PSL)
(Foto: Divulgação) 
Segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos, o deputado federal Jair Bolsonaro é militar da reserva e cumpre o sétimo mandato consecutivo como deputado federal. Em 5 de janeiro, anunciou filiação ao PSL e pré-candidatura a presidente pelo partido, nona legenda à qual se filiou.
João Almoêdo (Novo)
(Foto: Divulgação) 
João é um dos idealizadores do partido Novo, que presidiu até julho de 2017, quando deixou a função para anunciar pré-candidatura à Presidência da República. Novato em eleições gerais, o partido de Amoêdo conta com o apoio de profissionais liberais, de economistas que ocuparam cargos importantes no governo de FHC, como Gustavo Franco, e tem entre seus quadros o ex-treinador de vôlei Bernardinho. A legenda ainda tenta atrair tucanos descontentes que estão deixando o partido.
João Vicente Goulart (PPL)
(Foto: Divulgação) 
Filho do ex-presidente João Goulart, o ex-deputado João Vicente apresentou sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PPL na última segunda-feira, 5.
Joaquim Barbosa (sem partido)
(Foto: Divulgação) 
Joaquim Barbosa é um jurista que se aposentou no ápice da carreira, em 2014, quando ocupava a cadeira de presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz ainda não se filiou a nenhum partido, apesar dos incentivos do líder do PSB, Julio Delgado.
Levy Fidelix (PRTB)
(Foto: Divulgação)
Foi candidato a presidente da República em três eleições (1994, 2010 e 2014), mas nunca chegou ao segundo turno. Em 26 novembro de 2017, lançou pré-candidatura para disputar a Presidência pela quarta vez.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
(Foto: Divulgação)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera os cenários para a eleição presidencial em 2018, mas pode ser impedido de disputar a eleição, uma vez que a segunda instância da Justiça federal manteve por unanimidade sua condenação por corrupção. Fundador do PT em 1980, foi o primeiro presidente do partido. Em 1986, se elegeu deputado federal constituinte por São Paulo. Presidente da República por dois mandatos consecutivos (2003-2006 e 2007-2010), conseguiu eleger como sucessora a ex-ministra Dilma Rousseff.
Manuela D'Ávila (PCdoB)
(Foto: Divulgação) 
Manuela se elegeu vereadora em Porto Alegre em 2004. Dois anos depois, em 2006, foi eleita deputada federal, reeleita em 2010. Desde 2015, é deputada estadual no Rio Grande do Sul. A pré-candidatura à Presidência da República foi anunciada em 5 de novembro de 2017 pelo PC do B. Uma das pré-candidatas mais jovens, de 36 anos, ela é conhecida por 24% do eleitorado, conforme apontou o Datafolha de novembro.
Marina Silva (Rede)
(Foto: Divulgação) 
Marina Silva foi deputada estadual no Acre (1991-1994) e senadora pelo mesmo estado por dois mandatos (1995 a 2010). Ela anunciou pré-candidatura à Presidência em 2 de dezembro de 2017 durante encontro do partido Rede, do qual é fundadora. Marina enfrenta uma rejeição de 24%, segundo o Datafolha de novembro.
Paulo Rabello de Castro (PSC)
(Foto: Divulgação)
Paulo foi presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e é o atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Nome desconhecido de grande parte do eleitorado, Rabello de Castro contabiliza apenas 1% nas pesquisas de intenção de voto.
Rodrigo Maia (DEM)
(Foto: Divulgação) 
Atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia está no quinto mandato consecutivo como deputado federal. Assumiu a presidência da Câmara no ano passado, depois que o então presidente, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou ao cargo (depois teve o mandato cassado).
Valéria Monteiro (PMN)
(Foto: Divulgação)
Valéria é jornalista e ex-apresentadora do Jornal Nacional e do Fantástico nos anos 1990. Anunciou que pretendia disputar a Presidência da República em setembro, antes de se filiar a um partido político.
Vera Lúcia (PSTU)
(Foto: Divulgação)
Sapateira e ativista sindical em Sergipe, Vera Lúcia foi lançada como pré-candidata do PSTU na última sexta-feira, 2.
Fonte: O Povo Online.

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