02 novembro 2018

Fraga tenta pautar “armamento” até terça, quando estará com Bolsonaro

Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

Coordenador da Frente Parlamentar de Segurança Pública, o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) espera informar ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), até a próxima terça-feira (6/11), a data de votação do projeto que flexibiliza o Estatuto do Desarmamento.

A pedido do próximo futuro comandante do Palácio do Planalto, o democrata tem costurado com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a inclusão da proposta na pauta do plenário.


“Estamos bem afinados com essa questão e queremos priorizar a exclusão do item que exige comprovação da necessidade para o porte de arma. É um completo absurdo e subjetivo. Esse critério é atendido a depender da cabeça da autoridade que receber o processo. Queremos uma avaliação técnica, como é o exame psicotécnico”, disse.

Bandeira de campanha de Jair Bolsonaro, a mudança na atual legislação sobre armamento virou a principal pauta da também conhecida “bancada da bala” no Congresso Nacional.

Além de suprimir no texto a exigência de se comprovar a necessidade do porte de arma de quem quiser um artefato, os integrantes da frente parlamentar defendem a liberação para moradores de áreas rurais, “desde que seja permitido o uso apenas dentro da propriedade”, condiciona Fraga.

Ministério fora de questão
O encontro entre Fraga e Bolsonaro será o primeiro após a polêmica sobre a possível participação do democrata na equipe ministerial do futuro presidente. Depois de o pesselista declarar que o colega de farda “coordenaria a bancada no Planalto”, houve grande especulação sobre uma possível nomeação do deputado federal na pasta que cuida da articulação política da Presidência da República.

No entanto, com a rejeição nas redes sociais, já que Fraga foi condenado em primeira instância a 3 anos e 2 meses de prisão por uso do cargo em troca de vantagens pessoais na época em que foi secretário dos Transportes no DF, Bolsonaro foi às redes sociais desmentir o convite.

Nesta sexta (2), ele comentou o assunto ao Metrópoles. “Eu nunca tive expectativa de ser ministro e não pedi nada a ele. Pelo contrário, nosso objetivo maior é retomar as agendas positivas defendidas na campanha do Bolsonaro. Sobre minha condenação, quero revertê-la porque sou inocente. Não tem nada dessa balela de que é para ser ministro”, disse.


Fonte: Metrópoles

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