03 dezembro 2018

Revitalização do Dnocs é defendida por políticos e pesquisadores

Ângelo Guerra, diretor-geral do órgão, reconhece que a perfuração de poços pelo Dnocs ainda não atende ao ideal Foto: Kid Júnior

Para professor da UFC, "é preciso modernizar e utilizar bem os instrumentos da instituição no sentido de dar uma boa gestão da água no semiárido"

Das portas para fora, o Dnocs também é apontado por políticos e pesquisadores como instituição a ser preservada. Segundo o deputado estadual Dedé Teixeira (PT), ex-secretário do Desenvolvimento Agrário (SDA) do Ceará, outras instituições, como a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), receberam mais atenção do Ministério da Integração Nacional nos últimos anos.

“Não sabemos qual a vontade política do presidente eleito com o Dnocs”, argumenta o parlamentar. “Precisamos fazer um movimento contra a extinção do órgão”, completa.

Apesar dos gargalos enfrentados pelo órgão, o professor do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade Federal do Ceará (UFC), José Nilson Campos, aponta que o Dnocs tem atuado de forma eficiente, principalmente, em relação à política nacional de barragens.

“É preciso modernizar e utilizar bem os instrumentos da instituição no sentido de dar uma boa gestão da água no semiárido”, avalia. O Dnocs, considera o professor, “é um importante órgão para contribuir com políticas regionais das águas”.

Dentre os feitos da atual gestão do Dnocs, lista o diretor-geral do órgão, Ângelo Guerra, estão os encaminhamentos dados à Barragem de Fronteiras, em Crateús; à Barragem de Gazeira, em Pernambuco; além da adutora que está sendo construída em Oiticica, no Rio Grande do Norte.

Segundo ele, o órgão ainda está recuperando 11 barragens inseridas na Transposição do São Francisco e perfurando poços. No entanto, conforme o próprio Ângelo Guerra, a perfuração de poços ainda não atende ao ideal.


Fonte: Diário do Nordeste

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