De acordo com a publicação, entre os que ouviram falar do caso, 58% acham que a conduta de Moro foi inadequada, ante 31% que a aprova. Não sabem avaliar 11% dos ouvidos. Também são 58% os que dizem acreditar que, se comprovadas irregularidades, eventuais decisões de Moro na Lava Jato devem ser revistas. Para 30%, o ganho no combate à corrupção compensa eventuais excessos cometidos. A divulgação das mensagens gerou um terremoto político em torno de Moro, ministro de Jair Bolsonaro (PSL). Sua aprovação pessoal, segundo o Datafolha, caiu de 59% para 52% em relação à pesquisa mais recente, feita há três meses. Ao mesmo tempo, a população considera que Moro deve permanecer na cadeira de ministro. Para 54%, não há motivo para sua saída, enquanto 38% acham que sim.
As estratificações da pesquisa Datafolha tendem a reproduzir entre grupos diversos a polarização política do país cristalizada na campanha presidencial do ano passado. Quando o tema é a prisão de Lula, por exemplo, os grupos que mais a julgam justa são os de escolaridade superior (62%) e quem ganha acima de 10 salários mínimos (67%). Ato contínuo, mais pobres (51%) e menos escolarizados (49%) acham ela injusta. Regionalmente, o corte fica ainda mais explícito em linha com a votação de Bolsonaro e do petista Fernando Haddad no segundo turno de 2018: 56% dos nordestinos condenam a prisão de Lula, enquanto 63% dos sulistas a aplaudem, diz o jornal.
A condenação dele por corrupção e lavagem de dinheiro, a mais vistosa politicamente sob responsabilidade de Moro e confirmada em duas instâncias superiores, é vista como justa por 54% —mesmo índice aferido em abril, completa a Folha.
*Via DCM
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