Os automóveis são os chamados carros de passeio. Estes representam o segundo maior volume de vendas em junho no Estado, somando 3,8 mil unidades novas, contabilizando um crescimento de 15,82% ante junho de 2018. Já os comerciais leves, que são pequenas picapes utilizadas especialmente para fins laborais, totalizam 613 carros emplacados, alta de 3,55%.
Motocicletas
As motos, campeãs de vendas no Ceará, amargaram queda de 19,10% em apenas um mês. Apesar de ainda terem sido vendidas 4,61 mil motocicletas em junho - número considerado elevado e o de maior expressividade no mês -, em maio haviam sido 5,7 mil. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef), Luiz Antonio Trotta Miranda, esse é um indicador para ser monitorado ao longo dos próximos meses. "No Ceará, a representatividade de motos é muito alta. É importante monitorar porque o consumidor de moto depende muito de crédito, da economia estar girando, de emprego", afirma.
No sentido contrário, a venda de caminhões deu um salto de 12,2% na passagem de maio para junho, tendo sido emplacados 138 automóveis novos da categoria em junho, de acordo com a Fenabrave. Já os ônibus registraram uma leve queda de 3,51% entre maio e junho, passando de 57 para 55 emplacamentos.
Recuperando perda
O presidente do Sindicato de Revendedores de Veículos Automotores do Estado do Ceará (Sindivel), Everton Fernandes, explica que o mercado de novos vem recuperando a perda que teve em 2018. "Então tem realmente crescido significativamente em relação ao ano passado, porque nos anos anteriores, principalmente 2016 e 2017, não foram muito bons em vendas", esclarece.
Ele ainda pontua que há espaço para incrementos maiores. "A estimativa da Fenabrave é de que mais de 3 milhões de carros sejam produzidos e comercializados no mercado interno brasileiro. Em 2016, esse número estava na casa de 2 milhões", destaca.
Devido a essa perda ocasionada pela crise econômica, o segmento de novos tem apresentado ritmo de vendas melhor do que o de seminovos, de acordo com o presidente do Sindivel. "Temos crescido 5% no acumulado de janeiro a junho, entre auto e comerciais leves. Em anos anteriores, tivemos uma migração de quem comprava novo para seminovo. Agora existe o retorno desse público para o mercado de novos", afirma.
Fernandes revela que há a conquista de um novo público para os usados. "Com o crescimento da economia, a gente acaba ganhando mercado do público que não estava comprando carro ou que tinha motocicleta". Além disso, ele ressalta que o crescimento do setor só não deve ser maior pela baixa oferta. "Demanda nós temos. Mas tivemos uma redução na produção de veículos, principalmente entre 2015 e 2017, o que acarreta em uma oferta menor do que tínhamos há três anos".
*Diário do Nordeste.
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