A 4ª edição do Atlas da Notícia, divulgada na terça-feira (2) pelo Observatório da Imprensa, aponta que há 33,7 milhões de brasileiros vivendo nos chamados “desertos de notícia”, municípios que não têm presença de veículos jornalísticos.
De acordo com o estudo, são 3.280 cidades nesta classificação, de um total de 5.570 municípios. A população desses locais representa 15,9% da população total brasileira.
Os desertos de notícias são, normalmente, cidades pequenas, com população mediana de 6.900 habitantes.
Na comparação com a edição anterior do atlas, houve queda de 5,9% na quantidade de cidades classificadas como desertos. Quando considerada a população desses locais, a queda foi de 9,6%.
A redução pode ser explicada pelo surgimento de veículos digitais, o que contribuiu para uma alta de 5,3% no número de habitantes que vivem nos chamados “quase desertos digitais”.
A classificação engloba municípios que têm apenas 1 ou 2 veículos. São 28,9 milhões de pessoas vivendo em “quase desertos”, o que corresponde a 13,7% da população. Combinados, desertos e quase desertos de notícias representam 29,6% da população brasileira.
O Atlas identificou 1.170 novos veículos digitais. Os produtos jornalísticos on-line são a 2ª maior categoria de mídia no Brasil, atrás apenas do Rádio. O levantamento contabilizou 4.403 veículos de rádio, 4.221 veículos on-line, 3.229 veículos de impresso e 1.239 de televisão.
REGIÕES
A região Nordeste era, proporcionalmente, a que tinha o maior número de desertos. No Atlas da Notícia de 2019, as cidades nordestinas sem veículos catalogados na pesquisa correspondiam a 73,5%. O percentual caiu para 66,3% na 4ª edição.
A região Norte é agora a que tem o maior número de desertos de notícia, com 69,8% dos municípios nesta classificação.
Poder 360
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