18 outubro 2021

PT do Ceará não terá vida sem o PDT. O partido será derrotado, em 2022, com ou sem Lula. O mesmo ocorrerá com Bolsonaro, segundo as pesquisas


 


A sociedade brasileira pode ser tudo, menos desinformada, desrespeitosa com suas obrigações mais importantes, como o voto. Seja de direita, de esquerda ou de centro, o eleitor sabe que não cabe mais nos novos tempos ou no novo normal viagens políticas que remetam ao passado de destruição das instituições, das empresas do governo, da ordem pública. É fato que todo esse momento de turbulência política já aponta para a realidade na qual o Brasil rejeita o PT e, também, o governo e o presidente Bolsonaro. A sociedade não rejeita pessoas que se comportam dignamente e com ética. A tendência do PT é derreter antes mesmo da campanha eleitoral de 2022. 

A ala de centro, centro-esquerda e a própria esquerda têm grandes quadros, como o governador Camilo Santana, o senador Cid Gomes e Ciro Gomes. Citei os três por estarem no centro do debate da sucessão presidencial. Essas lideranças sabem bem o grau de satisfação e insatisfação da Nação. O político sério se preocupa com o bem estar da própria política e do eleitor, principal cliente do processo popular de escolha dos homens e mulheres que dirigirão estados e o governo federal e nos representarão no Congresso Nacional. É preocupante saber que lideranças importantes do passado insistam em atuar como protagonistas, mesmo ameaçando o futuro do país. As pesquisas eleitorais estão dizendo não ao PT, a Lula e Bolsonaro, por tudo que fizeram de errado e deixaram de fazer. 

No Ceará, uma ala do PT conhece bem as dificuldades do partido para se manter vivo, atuante. Os segmentos que flutuam no meio universitário e no serviço público, que seguem a linha progressista, não adotam mais o PT como partido político. O eleitor de esquerda vota na Luizianne, não no PT.  Vota no Guimarães, não no PT. Será muito difícil para os filiados do partido assistirem a uma derrota que poderia ser evitada, com o apoio às novas lideranças ou a líderes como Ciro, Rodrigo Pacheco, Mandetta e Boulos, ou até nomes mais ao centro. A política de alianças pressupõe a junção de projetos políticos e não pessoais. Uma grande parte do PT cearense quer o partido ao lado do PDT, parceiro antigo. Será que o PDT quer seguir com o PT, como aliado em 2022, no Ceará e no Brasil? 

Colocando o radar político nos estados, ampliando nossa visão, saindo do Ceará , é possível enxergar grandes dificuldades para o PT. O desgaste é grande e o estrago foi profundo. O PT não consegue mais juntar o povo ao redor do seu palanque. Lula, seu maior patrimônio, não carrega mais multidões, talvez, um pouco de cada setor da classe trabalhadora e pessoas dos movimentos sindicais. A política de alianças poderá impulsionar o candidato Lula, mas não será suficiente para uma vitória. A massificação das denúncias de erros sucessivos de governos do PT fará a sociedade procurar outras opções. Ciro Gomes tem dito que “Bolsonaro é o resultado dos erros do PT, e que será outro erro em insistir com o PT e Lula na disputa de 2022”. Ciro não está fazendo nenhuma profecia, está lendo as pesquisas, ouvindo a população nas ruas. Os brasileiros que podem governar a Nação com um projeto de país, para nos tirar do atoleiro, podem ser derrotados, mais uma vez. 

No Ceará, o governador Camilo Santana brilha no cargo, tem a melhor avaliação entre governadores de todo o país. Filiado ao PT, sempre defendeu bandeiras do partido, a inocência de Lula e soube conviver harmonicamente com 18 partidos que o apoiam. Camilo é nome que representa o novo PT. Um político sério, governa com ética, correção, impondo pautas de desenvolvimento econômico, valorização da educação e saúde, protagonizando o mais amplo programa social da história do Ceará. Camilo Santana deveria e merecia ser uma estrela bem mais brilhante e trabalhada pelo PT. 

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