Manoel Duca defende criação de secretaria de políticas sobre drogas

O deputado Manoel Duca (PDT) defendeu, durante o primeiro expediente da sessão plenária desta quarta-feira (03/04), a necessidade de uma secretaria especializada na prevenção ao consumo de drogas. Para o parlamentar, trata-se de um problema de saúde que precisa de políticas públicas especializadas para conter o avanço.

Manoel Duca ressaltou que as drogas integram todas as camadas da sociedade, com efeitos negativos de ordem social e econômica. Ele também destacou a relação entre as drogas e o crescimento da violência no País. “As drogas também financiam a violência e o crime. O tráfico é um mal difícil de se combater e que vem devastando uma infinidade de vidas”, frisou.

O deputado citou o relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime que aponta o Brasil como maior mercado de derivados de ópio na América do Sul, com cerca de 600 mil pessoas que consomem a droga. Manoel Duca destacou ainda que em 2018 o Brasil apreendeu 75 toneladas de cocaína, número 56% maior do que as apreensões de 2017, segundo a Polícia Federal.

Para o parlamentar, é função do Estado atuar de maneira efetiva com a implantação de políticas públicas que ajam na prevenção e no tratamento dos dependentes químicos. “É preciso trabalhar mais na prevenção e oferecer serviços a quem busca o tratamento contra a dependência”, defendeu.

Manoel Duca ainda lamentou a extinção da Secretaria da Política Especial sobre Drogas (SPD), por considerá-la imprescindível no combate ao uso de entorpecentes. “O Ceará, que é rota internacional do tráfico de drogas, vive uma constante guerra entre as facções e tem um alarmante número de dependentes químicos. Anda na contramão do resto do país e extinguiu uma secretaria que vinha fazendo um brilhante trabalho em todo o Ceará”, pontuou.

Como exemplo da boa atuação realizada pela pasta, o deputado lembrou qu em dezembro de 2018 o Centro de Referência sobre Drogas, equipamento disponibilizado pela SPD, completou quatro anos de funcionamento, com cerca de 8 mil atendimentos presenciais.

“É um trabalho que não faz sentido algum que seja finalizado e no nosso entendimento, com a sua absorção pela Secretaria da Saúde, não terá autonomia para exercer suas atividades em plenitude.

Necessitamos de uma secretaria especializada na prevenção de drogas, com autonomia, pessoal qualificado, estrutura e verba para contermos o avanço desse problema”, opinou.

*ALCE