O Brasil é um país em processo de debate sobre seu sistema educacional, onde se debate o que deve ser oferecido no cardápio em sala de aula. Os europeus e americanos ensinam nos primeiros anos de vida das crianças, através do ensino, as boas práticas de convívio familiar, noções de ética, a importância de falar a verdade, noções sobre economia, uso do dinheiro, melhor forma de economizar e saber gastar. O fundamental é aprender o respeito a Constituição após conhecer regras, a lei. Na escola americana também se aprende logo cedo que, ao cometer um crime, o infrator irá para a prisão, não importando a idade. Cerca de 6% da população americana está na prisão, é o país que mais tem cidadãos na cadeia, servindo de exemplo ao mundo. Nos Estados Unidos roubou, sonegou, matou, extorquiu ou mentiu, vai beijar o chão frio do presídio. Como o Brasil tem seguido o padrão americano, seria muito importante ensinar o mesmo aos brasileiros, quando se observa o tempo de permanência de uma criança em sala de aula no Brasil, cerca de 6 horas.
No processo educativo, cabe formar a criança, o adolescente, para a vida. O tempo permitido em sala de aula no padrão brasileiro, aprovado pelas entidades que debatem educação com pais de alunos no 1º mundo, cabe introduzir regras de convívio com a lei. Uma criança de três ou quatro anos conhece dinheiro, o certo e o errado, e sabe como jogar com os pais. São crianças puras, inocentes, prontas para aprender o certo e o errado. No nosso pesadelo sem planos na área, as crianças são, na verdade, crianças e mais nada.
No mesão da CPI da Covid 19 foram interrogados ministros, médicos do serviço público, empresários, deputados, técnicos do TCU, presidente de empresas do governo federal, técnicos da CGU. A cantilena foi a mesma: quase todos com habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal para mentir em abundância e desafiar o que está escrito na constituição de 1988, a Constituição cidadã, promulgada por Ulisses Guimarães. Algumas testemunhas e investigados deveriam sair da sala da comissão direto para a prisão, por crimes cometidos, mas fica tudo no caldeirão da impunidade.
O advogado Djalma Pinto, notável jurista que foi procurador do Estado, membro de conselhos de grandes empresas, e dirige importante banca de advocacia, aponta como grande problema o fato de não termos até agora oferecido boa educação às crianças, “base de toda formação do ser humno”. Para o advogado, é necessário ensinar e mostrar as leis, e passar a exigir do poder público transparência nos atos de governo.
O Senado, mais antiga instituição da República, cresceu com a decisão de investigar crimes contra o estado e, principalmente, cidadãos durante a pandemia de COVID-19. Exibiu ao país a bagunça que é o Ministério da Saúde, seus dirigentes corruptos e o seu desprezo pela vida da população. Ficou provada a pouca intenção de salvar vidas na fase aguda da pandemia. Foi triste saber que atos dos agentes públicos brasileiros para promover a contaminação em manada era propósito real.
O mais triste ainda foi oferecer ao país o longo debate sobre a falta de ética como bem maior, algo deseducativo. O Brasil se tornou o paraíso da impunidade desde os tempos pretéritos. A CPI não vai resolver a confirmação na qual os criminosos no Brasil são os cidadãos e não os marginais.
De fato, o advogado Djalma Pinto tem razão. A educação nas escolas públicas e privadas é de fazer pena. As crianças brincam, se divertem, pouco aprendem sobre noções de higiene, leitura, compreensão de texto, literatura, línguas e o básico, conviver com o dinheiro. Djalma Pinto , advogado, jurista, estudioso do comportamento humano acredita que duas prioridades seriam necessárias para silenciar e cancelar opiniões do Agronegócio meia boca existente no país: a importância do dinheiro e a educação.
A CPI da Covid é o melhor produto para se avaliar o quanto a impunidade no Brasil leva à deseducação e serve de exemplo para crianças, adolescentes e jovens caírem no campo do crime. É sempre desagradável colocar essa realidade na qual bandido no Brasil não é criminoso, é espertalhão.
O Rio de Janeiro está destruído moralmente, eticamente, financeiramente porque o estado se ausentou das suas responsabilidades e saiu contaminando o Brasil com suas milícias, facções, venda de drogas e políticos corruptos. Se faz necessária uma faxina em todas as instâncias dos três poderes para reconstruir o Brasil. A pergunta é: será que conseguiremos?
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