INFLAÇÃO A sucessão presidencial de 2022 começou, com Lula na frente, Bolsonaro ainda sem partido, Ciro vacilando, Sérgio Moro surpreendendo e os tucanos passando vexame. Mas a grande questão nacional, a crise econômica e social, ainda não entrou na pauta.
Assim como o presidente Jair Bolsonaro diz ao mundo que a Amazônia “é uma floresta úmida que não pega fogo”, seu Posto Ipiranga falido, Paulo Guedes, diz que a economia brasileira está crescendo “acima da média mundial”. Uma competição de inverdades.
O mundo inteiro sofreu com a pandemia, mas no Brasil há outros fatores, como a disparada dos juros e as incertezas fiscais com o estouro do teto de gastos. As estimativas das agências variam de 0,8% a 1,9% e a do FMI fica no meio do caminho, em 1,5%.
Para os países emergentes, segundo reportagem do Estadão, a previsão média está em 5,1% e, depois do Brasil, os piores horizontes são da África do Sul, com 2,2%, e Argentina, com 2,5%.
Crescimento baixo com inflação alta é o pior dos mundos: menos produção, menos serviços, menos emprego e renda e… preços mais altos. As pessoas perdem emprego e renda, mas pagam mais, por exemplo, pela cesta básica. O pobre se torna miserável, vem a fome.
Por Eliane Cantanhêde, no Estadão
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