O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, em 2019, totalizou R$ 163,575 bilhões, representando um crescimento real (em volume) de 2,09% na comparação com 2018. Com relação ao PIB nacional, que em 2019 atingiu 7,38 trilhões, o Ceará apresentou uma participação de 2,21%, com um ganho de 0,28 p.p. comparativamente a 2002, ocupando a décima segunda posição no país e a terceira na região Nordeste. Em 2019, todas as regiões apresentaram crescimento no PIB. Os dados estão no PIB do Ceará nas Óticas da Produção e da Renda – 2019 (Dezembro/2021), lançado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará.
Em 2019, A região Sudeste concentrou a maior parte da geração de riqueza no país, com participação de 53,02%, seguida pelo Sul (17,22%), Nordeste (14,18%), Centro-Oeste (9,90%) e Norte (5,69%). Em termos de variação na participação, comparando o ano de 2019 em relação a 2002, os maiores ganhos foram registrados nas regiões Centro-Oeste, com 1,29 p.p., e Nordeste (1,09 p.p.), Norte (0,99 p.p.) e Sul (0,99 p.p.). Em direção oposta, para o mesmo período de análise, o Sudeste apresentou queda de -4,36 p.p. Em 2019, todas as regiões apresentaram crescimento no PIB. As maiores foram registradas nas regiões Centro-Oeste (2,10%) e Sul (1,68%), seguidas do Nordeste (1,17%), Sudeste (1,0%) e Norte (0,46%). Quando se considera os estados, os únicos que apresentaram queda foram Pará (-2,31%) e Piauí (-0,57), enquanto os estados que mais cresceram foram: Tocantins (5,22%), Mato Grosso (4,12%) e Roraima (3,81%).
Quando controlado pelo tamanho populacional, o Brasil, em 2019, apresentou um PIB per capita equivalente a R$ 35.162,00. Na análise regional, apesar de ser a quarta região com maior participação do PIB, o Centro-Oeste registrou o maior PIB per capita do país, com um valor de R$ 44.876,00. Na sequência, as regiões Sudeste (R$ 44.330,00), Sul (R$ 42.437,00), Norte (R$ 22.811,00) e Nordeste (R$ 18.359,00). O Ceará naquele ano, totalizou um PIB per capita no montante igual a R$ 17.912,00, representando, aproximadamente, apenas 51% do PIB per capita do Brasil. De acordo com o estudo, “isso demonstra o grande desafio que o estado possui na superação da baixa renda em relação ao país, pois mesmo sendo a décima segunda maior economia do país, o Ceará é apenas o vigésimo segundo quando se considera o PIB per capita.”
O trabalho também analisa o comportamento dos três setores que compõem o PIB (Agropecuária, Serviços e Indústria). No Brasil, a participação da atividade de Serviços aumentou de 67,22%, em 2002, para 73,31 % em 2019, enquanto as outras atividades apresentaram perda. A Agropecuária passou de 6,42%, em 2002, para 4,89%, em 2019, e a Indústria de 26,37% para 21,80 %, para o mesmo período de análise. O Ceará também registrou comportamento semelhante ao do Brasil, com um ganho de participação no setor de Serviços de 69,82%, em 2002, para 77,80 %, em 2019, e perdas de 7,53% para 5,14 % na Agropecuária, e de 22,65% para 17,05 % na Indústria, no mesmo período de análise.
A Agropecuária cearense, em 2019, apresentou um crescimento de 9,79%. Na mesma direção, os Serviços cresceram 1,47% e a Indústria geral avançou 1,70% em 2019 na comparação com o ano anterior. Na atividade Agropecuária, assim como em 2018, a principal contribuição para o resultado veio da Agricultura.
No setor de Serviços, o crescimento é explicado pelas Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares e pela atividade de Alojamento e alimentação. Já na indústria, o segmento da Eletricidade, gás, água e esgoto foi o principal responsável pelo desempenho positivo do setor. Como os resultados de 2019, a composição estrutural da economia cearense ficou a seguinte: Serviços (77,80%), Indústria geral (17,05%) e Agropecuária (5,14%). No tocante à renda agregada, a composição ficou a seguinte: Remunerações (49,14%), Excedente Operacional Bruto e Rendimento Misto Bruto (37,38%) e Impostos, líquidos de subsídios sobre a produção e a importação (13,48%).
ESTUDO
O novo trabalho, que já pode ser acessado na página do Ipece, apresenta os principais resultados das Contas Regionais do estado do Ceará para o ano de referência 2019, divulgados no ano de 2021 pelo IBGE. O documento é composto por um sumário executivo em sua parte inicial e um conjunto de tabelas e gráficos na sequência. O sumário traz os principais comentários sobre o PIB cearense e o PIB per capita, sobre o valor adicionado dos setores econômicos e sobre a composição da renda agregada. Já as tabelas e os gráficos sintetizam os principais números e permitem uma análise completa da economia cearense para 2019 e os anos recentes. O documento tem como autores os analistas de Políticas Públicas Alexsandre Lira Cavalcante, Daniel Cirilo Suliano Nicolino Trompieri Neto e Witalo de Lima Paiva e a assessora Técnica Ana Cristina Lima Maia Souza.
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