A médica e secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do ministério, Mayra Pinheiro, mais conhecida como “Capitã Cloroquina”, conseguiu se sair bem na primeira parte do depoimento à CPI da Covid na terça-feira (25/5). Porém, apertada por senadores, acabou apresentando um festival de contradições na Comissão Parlamentar de Inquérito da covid-19. Ao menos é o que avaliam analistas e cientistas políticos ouvidos pelo Correio. Mais que isso, as inconsistências dos depoimentos da médica e do ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, principalmente, influenciaram na agenda administrativa da CPI, que está reunida nesta quarta (26) para votar requerimentos e dar um rumo mais produtivo aos trabalhos.
Na visão do analista político do portal Inteligência Política, Melillo Dinis, há uma preocupação até com a imagem do colegiado. “Esse clima de embromação cria um desencanto na população em relação à eficácia da CPI. Mayra seguiu a linha de depoimento de Pazuello, mas não tanto. Como tem consistência médica, conseguia argumentar. Tem uma qualidade que é a capacidade de não se emocionar como Pazuello, exceto quando a chamavam de mentirosa. Mas é uma personagem secundária com revelações pouco producentes. O conjunto da obra é para despistar”, refletiu.
Para Melillo, a percepção de senadores é a de que o governo tenta enrolá-los.
Fonte: Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário