Tão logo desembarcou, ontem, no Brasil, de volta de férias no México interrompidas pelo convite do presidente Jair Bolsonaro para que assuma a chefia da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disparou telefonemas a amigos e aliados dando conta do que pretende fazer. Estava com todo o gás.
Sua preocupação inicial é com a solenidade de posse que deverá acontecer ainda esta semana depois de encontrar-se, possivelmente hoje, com o presidente. Nogueira não quer que seja uma posse qualquer, dessas limitadas ao novo ministro que chega e a funcionários do Palácio do Planalto mobilizados às pressas.
Se depender apenas dos seus esforços, será uma posse ostentação, com a presença do maior número possível de pessoas que ele tratará de arrebanhar, e seguida no mesmo dia por uma dezena ou mais de jantares em Brasília. Ele fará questão de comparecer a todos na impossibilidade de um só abrigar tanta gente.
Não faltará plateia para o novo inquilino do quarto andar mais ambicionado da República, um acima daquele onde despacha o presidente. O olfato de Brasília é suficientemente apurado para identificar quem deve ser prestigiado ou não. Quando quer, o chefe da Casa Civil só manda menos do que o presidente.
E Nogueira quer mandar. E seus colegas do Centrão esperam que mande muito para que possam também se beneficiar disso. O clima lhe é plenamente favorável. Um dos colegas, ouvido por este blog, resumiu assim o que se espera de Nogueira: “É preciso pôr o urso na jaula, e essa será a principal missão do ministro”.
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