Apesar do alerta de diversas organizações internacionais, como a Unesco, a respeito dos impactos severos da pandemia Covid-19 na educação, ocasionando uma possível catástrofe geracional, no Ceará foi registrado um aumento expressivo da frequência escolar entre os jovens cearenses. Com um aumento de mais de 11% em comparação a 2019 (quarto trimestre), o último trimestre de 2020 registrou 40,6% dos jovens cearenses frequentando alguma instituição de ensino (escola ou universidade). Tal percentual aproxima-se do Nordeste (41,5%) e Brasil (42%).
Apesar da redução (-1,2%) do indicador no início do ano de 2020, a maioria dos indicadores de educação são de característica cíclica, apresentando, portanto, uma queda natural aos trimestres iniciais de cada ano. No que tange a frequência escolar bruta, houve crescimento na proporção de jovens na faixa etária de 15 a 17 anos frequentando a escola. Considerando que esta corresponde à faixa etária entre os jovens que de fato deveriam estar estudando, no último trimestre de 2020, um percentual de 94,5% destes encontrava-se frequentando a escola. Tal proporção é 5,6% superior a 2019 (quarto trimestre).
A partir do segundo trimestre de 2020, o Ceará ultrapassa o Brasil e o Nordeste, onde ao final do mesmo ano, a proporção nacional era de 94% e a regional de 92,8%.
Em termos de média, a proporção destes jovens estudando em 2020 corresponde a 91,8%, enquanto que esta mesma média para o ano de 2019 é 3% inferior, correspondendo a 88,8%. Os números estão no Ipece Informe (nº 193 – setembro de 2021) – Relatório Anual sobre Condições Socioeconômicas e de Mercado da Juventude no Ceará em 2020, que acaba de ser publicado pela Diretoria de Estudos Sociais (Disoc) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Sobral em Revista
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