20 maio 2022

Campanha está na rua e na internet


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi acionado para decidir sobre a instalação de outdoor do presidente Bolsonaro colocado em vários estados. Os ministros da Corte decidiram que as placas não contrariam a lei eleitoral. O ex-presidente Lula utilizou as redes sociais para badalar seu casamento, aos 76 anos, com uma psicóloga 20 anos mais jovem. Os bolsonaristas reclamaram e fizeram fake news sobre o matrimônio de Lula. Ciro Gomes passou a fazer caminhadas pelas avenidas e logradouros das capitais e interior. Em resumo, a campanha eleitoral está na rua e na internet. 

Em manobra inteligente, o presidente Bolsonaro está atacando em várias frentes. Avança com a privatização da Eletrobrás, propõe a privatização da Petrobras por conta da alta dos preços de combustíveis e segue atirando no Supremo Tribunal Federal (STF), propondo processar o ministro Alexandre Morais nas cortes internacionais por abuso de autoridade. Lula segue sua agenda de montagem da frente popular e golpeia de todas as formas a pré-candidatura de Ciro Gomes. O petista o quer no seu palanque ainda no primeiro turno. Já Ciro Gomes, segue tentando ampliar suas intenções de votos, bombardeado Lula e Bolsonaro. “São corruptos, irresponsáveis. São responsáveis pela volta da inflação, o orçamento secreto e muitos crimes contra a humanidade”, dispara o pré-candidato do PDT.

Não se sabe ao certo como irá atuar o TSE na fiscalização eleitoral até as conversões partidárias, que terão início em julho. A cada eleição, é uma nova experiência, por conta das inovações tecnológicas e dos avanços oferecidos pelas redes sociais para driblar as legislações. Um olhar mais cuidadoso aponta para dificuldades no acompanhamento das candidaturas, comitês, militância e fake news.  

As últimas eleições demonstraram que, ao longo da campanha, as peças vão se ajustando pelo acirramento e pela atuação do Ministério Público Eleitoral e dos Tribunais Regionais. Na esteira das campanhas, os marqueteiros se preocupam muito com a ocupação dos espaços e a justiça tem sido rigorosa em punir ataques nos programas eleitorais. De qualquer forma, a campanha será movimentada, agitada e acirrada. 

Na eleição presidencial de 2018, o Brasil assistiu a um atentado contra o então candidato Jair Bolsonaro  que foi vítima de uma facada em Juiz de Fora, durante evento de rua. Em 2022, a coordenação da campanha de Lula já anunciou que o pré-candidato teme a violência e até mesmo um atentado contra sua vida. Será definido, com a justiça eleitoral e a Polícia Federal, um esquema de segurança. A campanha começou.


*Roberto Moreira 

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