23 maio 2022

Tasso ficaria bem no Planalto

 


O senador Tasso Jereissati resolveu entrar no debate da sucessão presidencial há um ano. Nas prévias do PSDB, seu candidato, o então governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, foi derrotado por João Dória. Jereissati foi derrotado por ele até mesmo no Ceará, pela turma de Bolsonaro, que ainda estava com abrigo no PSDB e, agora, está filiada ao União Brasil e ao PL.

O cearense acredita na possibilidade do surgimento de um nome para presidir o Brasil fora dos que estão liderando as pesquisas. O senador moveu seu jogo político, conseguindo viabilizar o nome da colega senadora Simone Tebet, que retribui, propondo o nome de Jereissati para seu vice, em aliança com o MDB, Cidadania e outros partidos que estão conversando. 

A decisão de Tasso de não disputar a eleição de 2022 está em aberto. Ele nunca fechou a porta para ouvir líderes locais e nacionais. Seu nome carrega um histórico de competência, como gestor em três mandatos de governador e um correto senador em quase 16 anos. A vaidade não lhe permite disputar uma vice-presidência da República, mas alguns líderes consideram que poderia sim. Jereissati reluta. O ex-governador cearense está lutando pela causa que acredita: não considera Lula e Bolsonaro nomes capazes de tirar o Brasil do buraco que entrou. Ciro ele admite como alternativa. 

O movimento que pretende apresentar uma nova opção a Presidência da República está ganhando força, a partir de lideranças nacionais e de lideranças do Congresso Nacional. O nome de Simone Tebet tem aprovação entre conservadores, sejam de centro, centro-direita e até na centro-esquerda, por um motivo estimulante: é uma mulher de ficha limpa, ex-prefeita, ex-deputada, estudiosa da gestão pública e da Constituição. Tebet une e agrada. 90% do Congresso, líderes empresariais e os movimentos sociais não rejeitam seu nome. 

Tasso Jereissati, como está se movendo, não pretende vestir o pijama da política, nem reassumir todos os negócios que possui. Parece querer seguir na vida pública, apostando no fim de tempos de Lula e Bolsonaro, acreditando num Brasil melhor e mais próspero, a partir do resultado das urnas em outubro.


*Roberto Moreira 

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