O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma prévia do Censo 2022, para cálculo de distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Conforme a divulgação censitária, Itaitinga ocupa o 2º lugar entre os municípios cearenses que mais ganharam habitantes, ficando atrás apenas de Jijoca de Jericoacoara, superando (proporcionalmente) municípios como Eusébio, São Gonçalo do Amarante, Pindoretama, Aquiraz e Horizonte.
No censo anterior (2010), Itaitinga contabilizou 35.817 habitantes, agora (2022), contabiliza 60,706, ou seja, a população quase que dobrou. Mas, afinal, qual a repercussão desses números na governabilidade do município? Enorme. Qualquer cidadão minimamente esclarecido concluirá que esse aumento traz inúmeras consequências à administração pública.
Exemplificando, nos últimos dez anos o número de vagas escolares na rede municipal de ensino e, consequentemente o número de escolas, deveriam ter crescido na mesma proporção; vale dizer o mesmo para os serviços de saúde, de limpeza urbana e de segurança - o que não ocorreu.
Some-se a isso os custos com a infraestrutura urbana (pavimentação de ruas e avenidas), aumentados conforme a cidade se amplia, como exponencialmente cresceu o Barrocão, Gereraú e outras localidades onde os investimentos imobiliários duplicaram o número de moradias, demandando então a ampliação dos serviços de esgotamento sanitário, rede elétrica, água encanada e outros.
Sabendo que nos últimos 10 anos as gestões municipais foram ineficientes na qualificação desse crescimento populacional, a atual gestão lida com dois enormes desafios: reparar o atraso das anteriores e acompanhar crescimento atual, que tende a ser ainda maior, à medida que se melhora a qualidade de vida dos munícipes. Como exemplo disso, citamos a educação municipal, que por conta dos bons índices alcançados nos últimos dois anos, registra enorme aumento de procura por novas matrículas.
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