Ex-assessor especial da Presidência e amigo de Michel Temer, o advogado José Yunes disse à Procuradoria Geral da República que Padilha pediu em 2014 que ele recebesse um pacote de documentos no seu escritório em São Paulo. Tal pacote foi entregue pelo doleiro Lúcio Funaro, suspeito de distribuir propinas a políticos do PMDB. Preso pela Operação Lava Jato, Funaro é um operador ligado ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
A versão de José Yunes preserva o presidente da República em relação à delação de Melo Filho. Ao mesmo tempo, torna insustentável politicamente a permanência de Padilha no comando da Casa Civil.
Ou seja, de acordo com Yunes, a entrega dos tais documentos suspeitos de serem propina não teria nada a ver com Temer, mas com um pedido de Padilha para que o escritório dele fosse usado para receber um doleiro que distribuía dinheiro de forma ilegal.
Apesar da licença para uma cirurgia, o ministro Padilha tem a obrigação de se manifestar detalhadamente. Yunes avisou Temer de que daria esse depoimento à Procuradoria Geral da República. Padilha precisa dizer se Yunes mentiu ou se falou a verdade.
Por Kennedy Alencar.
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