25 maio 2017

Braço-direito de Fernandinho Beira-Mar tem casa e negócios no Ceará





Marcos Marinho dos Santos, o Chapolin, braço-direito de Fernandinho Beira-Mar, morava e mantinha negócios no Ceará. Preso ontem na operação Epístola, da Polícia Federal (PF), ele foi encontrado em seu apartamento no bairro Vicente Pinzon. Chapolin era proprietário de dois comércios no Centro de Fortaleza e de outro apartamento, no Meireles. Envolvido em diversos crimes, ficou conhecido por executar e gravar o esquartejamento de um homem a mando de Beira-Mar. Chapolin deixou a carceragem da PF na Capital ainda ontem. A informação é que ele foi conduzido a um presídio federal.

“Ele é considerado o braço-direito inclusive na prática de homicídios anteriores a essa investigação. Surgiram indícios de homicídios até mesmo fora do Brasil”, afirmou o delegado federal Leonardo Marino, chefe da Delegacia de Repressão e Entorpecentes de Rondônia. Conforme ele, alguns dos bilhetes encontrados na penitenciária de Porto Velho, onde está Beira-Mar, cita mortes praticadas por membros da organização na Bolívia. “Ainda não podemos afirmar que era a mando dele”, destacou o delegado. Além da prisão, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão (na casa, no apartamento e nos dois comércios) de Chapolin.

Crime organizadoNo Ceará, foram apreendidos celulares e computadores de Chapolin, além de anotações específicas sobre negócios realizados. Conforme O POVO apurou, o material recolhido exibia informações que estariam vinculadas ao esquema de lavagem de dinheiro pela quadrilha. As provas ainda serão analisadas e indícios de outros envolvidos poderão aparecer. Chapolin não resistiu e estava sozinho no momento da prisão, às 5h30min. A informação inicial da PF dava conta de que todos os presos seriam conduzidos para Rondônia, mas o destino deles não foi confirmado até o fechamento desta página.

A prisão de Chapolin confirma, mais uma vez, a forte presença de organizações criminosas no Ceará. Há indícios de crimes como tráfico de drogas e de armas e homicídios. Em março de 2016, o irmão de Marcola, Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, também foi preso em Fortaleza. Ele era considerado um dos principais articuladores do Primeiro Comando da Capital (PCC) e o “número 2” da organização.

O POVO entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública (SSPDS) para saber se a pasta tinha conhecimento sobre a presença de Chapolin no Estado. O órgão não se pronunciou sobre o assunto.

Saiba maisMarcos Marinho dos Santos, o Chapolin, foi acusado de torturar e matar, a mando de Fernandinho Beira-Mar, um homem que teria tido um caso com a ex-mulher de Fernandinho.Chapolin protagonizou ainda, em 2002, a rebelião no presídio de segurança máxima Bangu I, no Rio e Janeiro.Em gravações do Ministério Público do Estado de São Paulo, Chapolin apareceu negociando a compra de um míssil.

SARA OLIVEIRA - O Povo ONline

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