O auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de Iguatu sediou na manhã desta quarta, 7 de junho, audiência pública da Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa para debater a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, mais conhecida como Reforma da Previdência. Comandada pelo deputado Moisés Braz (PT) presidente do colegiado e autor do requerimento, a audiência reuniu representantes de entidades sindicais, do terceiro setor, trabalhadores e autoridades de 15 municípios da região Centro-Sul
Para Moisés Braz, o que está em jogo atualmente no Brasil é um projeto de desenvolvimento que deixa de ter foco nas pessoas e se preocupa apenas em atender aos interesses do capital financeiro nacional e internacional. “Um presidente que tem a maior rejeição da história, que chegou ao poder da forma que chegou, depondo uma presidente legitíma, não tem legitimidade para empreender reformas visto que seu governo não foi eleito pelo conjunto maior da população brasileira”, afirmou. Na visão de Moisés, as reformas vão inviabilizar o acesso dos mais carentes à proteção e aos benefícios do estado, aprofundando o fosso social ainda existentes no Brasil.
Por sua vez, o presidente da Fetraece, Luiz Carlos Ribeiro, pontuou que a mobilização dos trabalhadores nas ruas evitou a aprovação da Reforma da Previdência a toque de caixa. “O texto já sofreu modificações, mas temos de ficar atentos e mobilizados. Aqueles deputados que diziam que a reforma não iria passar da forma como estava já estão mudando o voto tendo em vista algumas pequenas alterações, que não evitam a perda de direitos históricos dos trabalhadores”. Segundo ele, no próximo dia 30 de junho a greve geral deve ser maior que a greve do último dia 28, cuja mobilização foi exitosa.
Compuseram a mesa dos trabalhos Cícero Teixeira, vereador e presidente da Câmara de Acopiara, José Flávio, coordenador regional da Fetraece, Francisco Pontes, secretário de Agricultura de Baixio, Evanilson Saraiva, presidente do STTR de Iguatu e Silvana Silva, presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos de Acopiara. Participaram representantes dos municípios de Iguatu, Lavras da Mangabeira, Pedra Branca, Orós, Mombaça, Quixelô, Umari, Dep. Irapuan Pinheiro, Baixio, Jucás, Saboeiro, Acopiara, Solonópole, Icó e Piquet Carneiro,
A presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos de Acopiara, Silvana Silva afirmou que não se justifica um governo impopular ter o apoio da Câmara e do Congresso. “Temos aqui que trazer a responsabilidade nós mesmos. Precisamos aprender a eleger representantes que defendam nossos interesses. Por isso a reeleição de parlamentares que defendem os trabalhadores, como por exemplo o deputado Moisés Braz, é de suma importância”, declarou. Segundo ela, a grande maioria da população ainda não se deu conta dos malefícios da proposta do governo Temer. “Ainda não estamos sentindo na pele o efeito da reforma, mas é um absurdo não poder uma trabalhadora acumular uma pensão do companheiro, assim como não podemos aceitar que reajuste do aposentado não vai ser o mesmo do salário mínimo”.
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