Partindo desses resultados cabe a reflexão. Quais representantes serão eleitos para ocupar as cadeiras do Congresso Nacional a partir de 2019, visto que a eleição é contabilizada pelos votos válidos? Ou seja, quem tiver mais votos, mesmo que em percentuais mínimos, será legitimamente eleito.
É preciso desmistificar esse tema. As sementes da desesperança e do descrédito cresceram assustadoramente, formando uma densa selva de apatia e ceticismo. Então não há saída?
Aristóteles mostra o caminho ao dizer da intrínseca necessidade do homem de viver a Política. Trata-se de um poderoso instrumento capaz de mudar os destinos da sociedade. Atualmente, o foco parece ser o mal, transfigurado na perda diária de direitos históricos.
Afinal, foram manobras políticas as ferramentas utilizadas para o golpe parlamentar mais recente na nossa democracia. É a Política que está rasgando a nossa Constituição com a Emenda Constitucional 95, que congela recursos para a saúde e educação.
Mas também foi a Política que transformou as escolas públicas do Ceará nas melhores do país. Por meio da Política foi criado o SUS, responsável por exemplo pelo Programa Mais Médicos, que hoje atende 60 milhões de brasileiros.
Esta é a luz no fim do túnel. Teremos a oportunidade de eleger nossos próximos representantes. São eles que poderão, ou não, propor e aprovar projetos necessários à restauração dos direitos dos trabalhadores e à defesa da soberania nacional.
Por isso é necessário participar e fiscalizar a Política. Votar para todos os cargos e sobretudo saber em quem votou. A responsabilidade não acaba na hora do voto. É aí que começa o empenho em cobrar as promessas que mereceram a confiança do povo.
O ceticismo, a apatia social e o discurso de ódio à Política também têm representantes ao Congresso Nacional e ao Planalto. Afinal, quem não gosta de política é governado por quem gosta, nos ensina Platão.
Odorico Monteiro
Deputado Federal.
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