A Operação Spoofing, autorizada pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, investiga invasão do celular do ministro Sérgio Moro, de um desembargador, um juiz federal e dois delegados da Polícia Federal. A operação foi deflagrada nas cidades de São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto.
Por meio de nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que Bolsonaro foi "devidamente comunicado" sobre o fato por uma "questão de segurança nacional". A nota não informa se os hackers conseguiram obter alguma informação dos aparelhos usados pelo presidente.
"O Ministério da Justiça e Segurança Pública foi, por questão de segurança nacional, informado pela Polícia Federal de que aparelhos celulares utilizados pelo Sr. Presidente da República foram alvos de ataques pelo grupo de hackers preso na última terça feira. Por questão de segurança nacional, o fato foi devidamente comunicado ao Sr. Presidente da República."
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República informou, por meio de nota (veja íntegra no final da reportagem), que disponibiliza ao governo federal, por intermédio da Agência Brasileira de Inteligência, um Terminal de Comunicação Seguro (TCS), com tecnologia da própria agência, "cabendo às autoridades optar pelo equipamento e operá-lo conforme suas necessidades funcionais".
De acordo com o GSI, "detalhes e desdobramentos sobre o assunto serão apurados por inquérito instaurado pela Polícia Federal".
Bolsonaro
Durante evento em Manaus nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que eventuais ações de hackers em seu aparelho celular "não vão encontrar nada que comprometa".
"Eu achar que meu telefone não estava sendo monitorado por alguém seria muita infantilidade. Não apenas por eu ser capitão do Exército, conhecedor da questão da inteligência. Sempre tomei cuidado nas informações estratégicas, essas não são passadas via telefone. Então, não estou nenhum um pouco preocupado se porventura algo vazar aqui no meu telefone. Não vão encontrar nada que comprometa. [...]. Perderam tempo comigo", declarou.
Bolsonaro explicou que discute apenas pessoalmente, no gabinete, questões tratadas com outros chefes de estado, como "no tocante à Venezuela" e "questões estratégicas para o Brasil".
Em junho, quando o site The Intercept começou a publicar conversasatribuídas ao ministro Sérgio Moro pelo aplicativo de mensagens Telegram, Bolsonaro disse não seguir recomendação do GSI de utilizar um celular protegido com um programa de criptografia para se comunicar. Ele afirmou, naquela ocasião, não ter "nada a esconder".
G1
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