O ministro informou que teve o seu celular invadido no dia 4 de junho por um hacker que teria acessado o aplicativo Telegram do aparelho e trocado várias mensagens com os contatos do ex-juiz da Lava Jato. O ministro disse que pediu o cancelamento da linha e a troca de telefone.
A Polícia Federal informou, via nota emitida pela assessoria de imprensa da instituição, que foram cumpridas 11 ordens judiciais, sendo sete mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária nas cidades de São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto.
O termo “spoofing”, que dá nome à operação, faz menção a um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável, quando a realidade é bem diferente.
Hackers da Lava Jato
Segundo a PF, os ataques a celulares de autoridades ligadas à operação Lava Jato começaram pelo celular do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em abril deste ano. A partir do Telegram instalado no aparelho dele, o invasor teria então chegado aos grupos de conversa com procuradores. Assim, o hacker conseguiu os números de celulares dos integrantes.
Depois, procuradores da Lava Jato no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro supostamente tiveram os smartphones invadidos. Todos os telefones de procuradores do Paraná teriam tido o aplicativo acessado, mas ainda não se sabe quais conversas foram copiadas.
O site The Intercept Brasil e jornais parceiros têm divulgado trechos de conversas dos procuradores no Telegram.
Confira a nota que a Polícia Federal divulgou:
A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (23/07), a Operação spoofing* com o objetivo de desarticular organização criminosa que praticava crimes cibernéticos.
Foram cumpridas onze ordens judiciais, sendo sete Mandados de Busca e Apreensão e quatro Mandados de Prisão Temporária, nas cidades de São Paulo/SP, Araraquara/SP e Ribeirão Preto/SP.
As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados.
*Metropole
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