Bolsonaro cria NAV Brasil, empresa que assumirá as atribuições da Infraero. É a primeira estatal criada pelo governo desde 2013, quando a ex-presidente Dilma criou ABGF
Jair Bolsonaro criou a primeira estatal de seu governo, a NAV Brasil Serviços de Navegação Aérea, responsável pelo controle do espaço aéreo no país. A sanção do presidente para a criação da estatal federal está na edição desta quarta-feira, 20 de novembro, do Diário Oficial da União. O leilão de concessão da Infraero, terminou com arrecadação de R$ 2,4 bilhões em outorga inicial.
A empresa criada pelo governo é o fruto da divisão da Infraero — empresa que administra aeroportos públicos como Congonhas e Santos Dumont, localizados em São Paulo.
A nova estatal será vinculada ao Ministério da Defesa, por meio do Comando da Aeronáutica, e assumirá aproximadamente 2 mil empregados que já atuam na área de controle de tráfego aéreo da Infraero
Ainda que o artigo 23 da lei, que permite a transferência de todos os empregados da Infraero em caso de “extinção, privatização, redução de quadro ou insuficiência financeira”, foi mantido por Bolsonaro, as transferências de empregados podem superar esse número.
Atualmente o Brasil conta com 22 aeroportos privados, entre eles Guarulhos, Campinas, Brasília, Galeão, Confins, Natal, Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e Florianópolis. Sendo 12 leiloados neste ano, que foram divididos em blocos regionais no Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
Antes da sanção presidencial, o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, que trabalha para reduzir o número de estatais, criticou a criação da NAV.
Mattar disse que a empresa era “coisa do governo passado” e que a sua criação não estava garantida. Deputados do Partido Novo ligaram para o secretário para se orientar. Eles tentaram obstruir a proposta, mas não tiveram sucesso.
De janeiro a setembro, o governo vendeu ativos estimados em US$ 23,5 bilhões, ou R$ 96,2 bilhões. Consideram-se desinvestimentos – venda de subsidiárias vinculadas a empresas-mãe, como a TAG e a BR Distribuidora, da Petrobras -, concessões de aeroportos, terminais portuários e de um trecho ferroviário, além de campos de petróleo.
Até o momento, o governo Bolsonaro não privatizou nenhuma estatal federal de controle direto da União.
*clickpetroleoegas.com.br
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