26 maio 2021

Bolsonaro antecipou a campanha eleitoral e mandou para o espaço seu governo que está sendo massacrado por pesquisas


 


O presidente Bolsonaro antecipou a campanha eleitoral em um ano com os eventos que promove pelo Brasil. Foi um erro de avaliação dos seus marketeiros e  filhos, que o controlam politicamente. 


O presidente tem, ainda, 18 meses de mandato, muito tempo, mas pode ter jogado fora a partir de carreatas, motocarreatas e até comícios. Bolsonaro parece esquecer que estamos atravessando uma pandemia.


Os líderes partidários protestaram contra o que chamam de  “cavalo de pau”, uma metáfora para quem volta atrás, esquecendo compromissos e responsabilidades para mudar de comportamento. O presidente, ao promover aglomerações em comícios de pré-campanha sob pretexto de que são atos de apoio ao seu governo, ultrapassou a convivência pacífica e acelerou a campanha eleitoral. 


Sobre o evento do final de semana no Rio de Janeiro, Ciro Gomes, pré-candidato do PDT a presidência da República, pediu posicionamento do Ministério Público, do exército, do Congresso Nacional e da Justiça Eleitoral. O senador Randolfe Rodrigues foi mais além ao solicitar o custo da ida do presidente ao Rio de Janeiro e quanto foi gasto com estrutura. O posicionamento da oposição deixa claro que o processo eleitoral foi detonado. Ciro diz que o “desespero” está provocando a mudança em rejeição ao estilo Bolsonaro. “As pesquisas eleitorais publicadas nos últimos dias, motivadas por comícios promovidos pelo presidente, mostram que ele derreteu, está acabado”, declarou Ciro, avaliando o momento vivido pelo presidente. 


Sinais vitais do presidente Bolsonaro exibem revolta em relação aos adversários. O Brasil já tem uma chapa para a eleição presidência: “um ladrão e um vagabundo”, detonou Bolsonaro comentando a reaproximação política entre os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso.  O presidente ainda não engoliu a movimentação do ex-presidente Lula para articular uma aliança para 2022, e as incursões de Ciro Gomes para abrir caminho e tentar ser opção ao eleitor. 


Não se pode deixar de reconhecer a habilidade e a estratégia dos bolsonaristas em manter o presidente como principal personagem da pauta política do Brasil. Mas é preciso dizer diariamente ao mandatário da nação que ele deve  responsabilidades, uma delas: comprar vacinas para ontem, vacinar seus governados e cuidar da economia para gerar emprego e renda. O palanque antecipado destrói governos, porque abre o debate político, construindo avenidas para os adversários e oportunistas

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