Em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde, uma distribuidora de vacinas alegou que foi pedido pelo governo federal uma propina de US$ 1, cerca de R$ 5, por dose, conforme apuração do jornal Folha de S. Paulo.
Luiz Paulo Dominguetti Pereira, o qual diz ser representante da empresa Davati Medical Supply, contou em entrevista à Folha que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro.
O diretor mencionado por Luiz Paulo foi escolhido para o cargo pelo líder do governo Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Procurado pelo jornal, Dias não retornou as ligações.
Negociação
Com as dificuldades para fechar o acordo, Luiz Paulo Dominguetti revelou que Dias alegava a existência de um grupo no Ministério, o qual ele deveria agradar.
“Tinha um grupo, que tinha que atender a um grupo, que esse grupo operava dentro do ministério, e que se não agradasse esse grupo a gente não conseguiria vender”, disse Dominguetti sobre fala do diretor de logística da Saúde.
Ao ser perguntado sobre que “grupo” seria o citado por Dias, o representante respondeu: “Não sei. Não sei quem que eram os personagens. Quando ele começou com essa conversa, eu já não dei mais seguimento porque eu já sabia que o trem não era bom”.
Sobral em Revista
Nenhum comentário:
Postar um comentário