O deputado federal Luis Miranda deu mais alguns detalhes sobre sua conversa com Jair Bolsonaro, na qual denunciou o esquema da Covaxin. Ele disse para a Folha de S. Paulo que o encontro com Jair Bolsonaro durou 50 minutos, e que o presidente citou o nome de Ricardo Barros logo de cara:
“Com 10 minutos de conversa ele já soltou. Quando a gente começa a mostrar os papéis acontece essa conversa, ele dá uma desabafada, fala dos combustíveis, que era aquilo que estava irritando. Ele falou assim:
— ‘Vocês têm informações se o Ricardo Barros estava influenciando ou fazendo?’.
Eu digo:
— ‘Presidente, a gente não sabe o nome de ninguém, trouxemos informações técnicas’. Aí ele disse:
— ‘Esse pessoal, meu irmão, tá foda. Não consigo resolver esse negócio. Mais uma desse cara, não aguento mais’”.
Mais uma vez, Luis Miranda desafiou Jair Bolsonaro a negar seu relato:
“O presidente não é doido de fazer isso. Mas, se fizer, vai tomar um susto. Não pode me chamar de mentiroso, pode falar qualquer coisa, menos que sou mentiroso.”
Desde a primeira entrevista, concedida ao site O Antagonista, o deputado federal atribuiu a Jair Bolsonaro sempre as mesmas frases, com as mesmas palavras, como se fossem a transcrição de uma conversa gravada.
O presidente é doido, sim, mas parece ter entendido o recado. Apesar de ter insultado um monte de gente nos últimos dias, ele não desmentiu Luis Miranda sobre Ricardo Barros.
Por Diogo Mainardi, n’O Antagonista
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