24 janeiro 2017

Trump proíbe governo dos EUA de financiar grupos pró-aborto no exterior

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O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (23) uma ordem executiva que proibe o uso de dinheiro do governo para subvencionar grupos que pratiquem ou assessorem o aborto no exterior, uma política implantada por Ronald Reagan na década de 1980 e que seu antecessor, Barack Obama, tinha cancelado.


A concessão ou não de fundos governamentais estadounidenses a grupos pró-aborto de outros países foi um assunto polêmico nas últimas administrações, que autorizaram a prática durante mandatos democratas e a proibiram nos republicanos.


A proibição, conhecida como "política da Cidade do México" por ter sido anunciada em uma conferência da ONU realizada na capital mexicana em 1984, foi um dos principais eixos da política social do ex-presidente Reagan (1981-1989).


O democrata Bill Clinton a revogou durante seu governo (1993-2001), mas George W. Bush a retomou em seus dois mandatos (2001-2009). Obama, por sua vez, derrubou a medida em seu terceiro dia no poder.


Uma lei aprovada há mais de 50 anos já proíbe que organizações estrangeiras utilizem dinheiro do governo americano para realizar abortos ou encorajar sua prática, mas Reagan foi além ao impedir sequer que esses financiamentos fossem concedidos.


Trump, que há alguns anos defendia o direito das mulheres de decidir sobre a gravidez, se ajustou às ideias republicanas de oposição total ao aborto durante a campanha presidencial.


A medida pode afetar as atividades da Planned Parenthood, uma organização americana que fornece serviços de saúde reprodutiva em mais de 180 países e que se transformou em um alvo de ataques dos republicanos durante o fim do governo de Obama. A Planned Parenthood foi uma das organizações que apoiou a "Marcha das Mulheres", protesto que reuniu milhões de pesssoas nos EUA e em outros países do mundo pelos direitos das mulheres.


Trump anunciou outras duas medidas nesta segunda: a saída do país do Tratado de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) e o congelamento total de contratações de funcionários do governo, com a exceção das Forças Armadas.


Fonte: G1

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