Deputado Jair Bolsonaro discute com a deputada Maria do Rosário no plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O capitão da reserva é o único a crescer na pesquisa, avançando três pontos e chegando a 35% – 39% dos votos válidos, que é como a Justiça Eleitoral contabiliza os sufrágios.
Hipótese que parecia já descartada, a pergunta que se faz agora é a seguinte: Jair Bolsonaro (PSL) ainda pode vencer no primeiro turno?
Sim. Sobretudo se arrancar votos de seus adversários diretos na briga.
Hoje, ele está a 11 pontos percentuais dos 50% mais um – a maioria matemática que garantiria sua vitória já agora.
Caso cresça a partir do eleitorado de Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede), para citar apenas os mais bem colocados na pesquisa, o capitão precisaria de apenas metade desse percentual.
Explica-se. A cada voto retirado não dos brancos/nulos ou de indecisos, mas dos oponentes, ele cresceria enquanto os rivais cairiam.
É como se o voto obtido do concorrente tivesse peso dobrado por causar dois movimentos – o de subida de quem recebe o voto e o de queda de quem o perde.
É improvável que o deputado federal consiga essa proeza a tão pouco tempo do fim da campanha? Já foi mais. Hoje parece menos que ontem.
Bolsonaro tem sido impulsionado por uma onda evangélica, segmento no qual tem 48% da preferência e sua rejeição é menor (36%).
Todavia, não basta apenas que a onda se mantenha até domingo. Para que Bolsonaro liquide a fatura ainda no primeiro turno, é preciso que ela se intensifique.
Esse cenário é implausível? Novamente: já foi mais. Hoje parece bem menos.
As próximas 72 horas da votação – e o debate entre presidenciáveis hoje na TV Globo, do qual Bolsonaro não vai participar – serão cruciais para o futuro da corrida eleitoral.
Fonte: O Povo Online
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