(fotos: Tatiana Fortes/ O POVO)(Foto: Tatiana Fortes/Tatiana Fortes)
Dois dias após 112 tartarugas-de-pente (Eretmochelys imbricata) nascerem em ninho formado na Praia do Futuro, mais 22 animais da espécie saíram do mesmo local. O encontro dos bichos com o mar ocorreu na manhã desta quinta-feira, 30, por volta de 13h30min, próximo à barraca Arpão.
Os ovos dos animais foram encontrados no último dia 31 de março em área próxima à linha de maré, o que poderia colocar o ninho sob risco de alagamento. Com ajuda do Corpo de Bombeiros, voluntários do Grupo de Estudos e Articulações sobre Tartarugas Marinhas do Instituto Verdeluz (Gtar-Verdeluz) resgataram os ovos no último dia 3 de abril e colocaram em zona da praia segura para monitoramento, protegida das águas, dos animais e dos banhistas.
179 ovos
Ao todo, foram postos 179 ovos. Até agora, 134 já eclodiram. Outros 45 seguem no local. As tartarugas-de-pente são a espécie de tartaruga marinha mais ameaçada de extinção, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza.
De acordo com a estudante de Oceanografia Débora Melo, voluntária do Gtar-Verdeluz, essa espécie demora entre 45 a 70 dias para nascer. Em Fortaleza, as fêmeas formam ninho principalmente na orla da Praia do Futuro e da Sabiaguaba nos meses de dezembro a junho.
“É necessário ressaltar a importância do monitoramento de ninhos e da realização de transferências em certos casos, do contrário, dificilmente teria esse sucesso de eclosão de 134 tartarugas vivas e nenhuma morta”, aponta a voluntária.
Encontro com o mar
Nesta tarde, as tartarugas foram retiradas do ninho sob olhares curiosos de crianças e seus pais. Para realizar o monitoramento, o Gtar-Verdeluz está amparado pela licença SISBO Nº 53083-4, que permite a pesquisadores solicitar autorizações para coleta de material biológico e realização de pesquisa em unidades de conservação federais e cavernas.
Os 22 animais foram transportados para área próxima ao mar. De acordo com Débora, eles não podem ser colocados diretamente na água porque memorizam a localização do nascimento e voltam a mesma região décadas depois, já adultos, para a desova. A caminhada também ajuda na preparação dos bichos para o encontro com as águas.
Nascimento
O nascimento das tartarugas costuma ocorrer durante a noite. Eventualmente, também deixam o ninho em dias mais frios, quando os raios de sol não incidem diretamente sobre a areia. Em conjunto, alguns filhotes da ninhada retiram a areia e seguem para o mar. Eles se localizam pela luminosidade do horizonte.
“As ninhadas que eclodem à noite na Praia do Futuro tendem a seguir em direção contrária ao mar, indo para o calçadão e muitas vezes morrem atropeladas. A iluminação artificial da orla é uma das maiores dificuldades que o projeto tem registrado no sucesso de eclosão dos filhotes”, lamenta Débora.
Ela indica que, ao se deparar com filhotes, o ideal é deixá-los caminhar sozinhos. Caso o animal tente ir em direção contrária ao mar, o indicado é direcioná-lo com uma lanterna para a rota mais segura.
“É preciso ressaltar também a importância do reconhecimento pelos órgãos públicos de que Fortaleza é área de desova de tartarugas marinhas. É necessário a implementação de políticas públicas em prol da conservação desse animais ameaçados de extinção”, afirma Débora.
Dois dias após 112 tartarugas-de-pente (Eretmochelys imbricata) nascerem em ninho formado na Praia do Futuro, mais 22 animais da espécie saíram do mesmo local. O encontro dos bichos com o mar ocorreu na manhã desta quinta-feira, 30, por volta de 13h30min, próximo à barraca Arpão.
Os ovos dos animais foram encontrados no último dia 31 de março em área próxima à linha de maré, o que poderia colocar o ninho sob risco de alagamento. Com ajuda do Corpo de Bombeiros, voluntários do Grupo de Estudos e Articulações sobre Tartarugas Marinhas do Instituto Verdeluz (Gtar-Verdeluz) resgataram os ovos no último dia 3 de abril e colocaram em zona da praia segura para monitoramento, protegida das águas, dos animais e dos banhistas.
179 ovos
Ao todo, foram postos 179 ovos. Até agora, 134 já eclodiram. Outros 45 seguem no local. As tartarugas-de-pente são a espécie de tartaruga marinha mais ameaçada de extinção, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza.
De acordo com a estudante de Oceanografia Débora Melo, voluntária do Gtar-Verdeluz, essa espécie demora entre 45 a 70 dias para nascer. Em Fortaleza, as fêmeas formam ninho principalmente na orla da Praia do Futuro e da Sabiaguaba nos meses de dezembro a junho.
“É necessário ressaltar a importância do monitoramento de ninhos e da realização de transferências em certos casos, do contrário, dificilmente teria esse sucesso de eclosão de 134 tartarugas vivas e nenhuma morta”, aponta a voluntária.
Encontro com o mar
Nesta tarde, as tartarugas foram retiradas do ninho sob olhares curiosos de crianças e seus pais. Para realizar o monitoramento, o Gtar-Verdeluz está amparado pela licença SISBO Nº 53083-4, que permite a pesquisadores solicitar autorizações para coleta de material biológico e realização de pesquisa em unidades de conservação federais e cavernas.
Os 22 animais foram transportados para área próxima ao mar. De acordo com Débora, eles não podem ser colocados diretamente na água porque memorizam a localização do nascimento e voltam a mesma região décadas depois, já adultos, para a desova. A caminhada também ajuda na preparação dos bichos para o encontro com as águas.
Nascimento
O nascimento das tartarugas costuma ocorrer durante a noite. Eventualmente, também deixam o ninho em dias mais frios, quando os raios de sol não incidem diretamente sobre a areia. Em conjunto, alguns filhotes da ninhada retiram a areia e seguem para o mar. Eles se localizam pela luminosidade do horizonte.
“As ninhadas que eclodem à noite na Praia do Futuro tendem a seguir em direção contrária ao mar, indo para o calçadão e muitas vezes morrem atropeladas. A iluminação artificial da orla é uma das maiores dificuldades que o projeto tem registrado no sucesso de eclosão dos filhotes”, lamenta Débora.
Ela indica que, ao se deparar com filhotes, o ideal é deixá-los caminhar sozinhos. Caso o animal tente ir em direção contrária ao mar, o indicado é direcioná-lo com uma lanterna para a rota mais segura.
“É preciso ressaltar também a importância do reconhecimento pelos órgãos públicos de que Fortaleza é área de desova de tartarugas marinhas. É necessário a implementação de políticas públicas em prol da conservação desse animais ameaçados de extinção”, afirma Débora.
*O Povo Online
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