O ex-ministro Ciro Gomes será oficializado candidato a presidente da República, nesta sexta-feira, 21, durante Convenção Nacional do PDT, na sede do partido, em Brasília. O evento terá início às 16h30 e será virtual, por conta da pandemia de Covid-19.
“A Rebeldia da Esperança” será o slogan da campanha de Ciro, confirmando o seu discurso de não pactuar com candidaturas representantes de um passado de problemas, que levaram o Brasil ao fundo do poço. O ex-ministro será um candidato desligado do atual sistema, pontuando que estará distante dos que produziram inflação, desemprego, corrupção e o negacionismo em tempos de pandemia.
A plataforma de Ciro Gomes é deixar claro um projeto de governo para o País. Ele pretende cobrar impostos sobre o filé mignon, o salmão e outros produtos de alto consumo pela classe A. Também, quer tributar os mais ricos, que hoje são isentos, para financiar o crescimento do setor produtivo e investir em educação. Não foi à toa que Ciro foi buscar o tema da sua jornada, “A Rebeldia da Esperança”.
Pela primeira vez, um candidato a presidente expõe o intestino das contas públicas. Segundo Ciro, o orçamento do Brasil de 2022 prevê recursos para investimentos da ordem de R$ 20 bilhões, muito pouco para impulsionar uma retomada. O mais grave, segundo ele, é saber que são quase R$ 4 trilhões em receitas e o dinheiro não é suficiente, o que evidencia uma falta de prioridade. O candidato do PDT sabe que os temas combate ao desemprego, geração de renda, estímulo à economia e um amplo programa industrial para gerar empregos abrem os olhos dos brasileiros para um futuro melhor.
Ciro Gomes não tem apenas coisas boas para sua jornada. O PDT tem parte da bancada de deputados federais que segue com ele fielmente, mas uma ala insiste em candidatura única de centro-esquerda. Lula é o preferido desse grupo e Ciro Gomes seria o vice. O candidato sabe das dificuldades iniciais e pretende apostar no debate para atingir sua meta de chegar ao segundo turno. O senador Cid Gomes, maior incentivador da candidatura do irmão, acredita que, no mês de abril, os números das pesquisas vão mostrar cenário diferente.
A conexão da candidatura de Ciro com o povão e a classe média crescerá, na proporção que os ataques aos líderes das pesquisas forem ocorrendo. O pedetista terá como tática a oferta de um projeto de governo pautado na agenda do crescimento, deixando de lado o debate criminoso da velha política, que prevalecerá entre Lula, Moro e Bolsonaro, os reis da Lava Jato e preferidos do centrão.
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