24 janeiro 2022

No Ceará, pré-campanha parou, com a nova onda da Covid-19

A Covid-19 e a variante ômicron paralisaram a pré-campanha em público no Ceará. Ela segue nos bastidores e nas redes sociais. Afinal, a política não para. O embate nas redes sociais ocorre em grupos de WhatsApp , Facebook e, principalmente, no Instagram, um aplicativo desenvolvido para as pessoas se divertirem, mostrando suas rotinas aos amigos e seguidores. Essa mídia foi transformada em palanque eletrônico. 

Começa a crescer a tese de que a internet e a televisão serão os meios mais poderosos na campanha eleitoral. O ritmo acelerado da Covid e das variantes do coronavírus sinalizam para uma perspectiva de pouca movimentação presencial durante a campanha, o que é lamentável. A doença voltou a eclodir, já matou mais de 621 mil brasileiros e ameaça impedir os palanques, onde o povo e os candidatos promovem a festa da democracia. A campanha eletrônica, na visão de especialistas, não tem alma, sinergia, aperto de mão e conversa com quem vota, se bate uma foto e dá um abraço  de até logo.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Barroso, em um encontro com presidentes de tribunais regionais, pregou aviso para a necessidade de se ter duas hipóteses a serem trabalhadas na organização do pleito. Os tribunais montariam o plano para eleição com e sem Covid. São situações antagônicas, mas possíveis, preponderando a hipótese da doença estar presente e serem necessárias medidas sanitárias para proteger o eleito no percurso entre sua casa e a urna eletrônica. 

O TSE aprendeu muito na eleição municipal de 2020, quando foram eleitos 5.700 prefeitos e mais de 50 mil vereadores. A maior lição foi não ter observado melhor os fichas sujas, negligenciar os casos de candidatos com processos avançados de improbidade administrativa. Pior: muitos dos eleitos foram financiados por facções criminosas, grupos de traficantes e ladrões dos cofres públicos. A lupa será utilizada no pleito de 2 de outubro.   

Na pré-campanha, que praticamente congelou, pode surgir um movimento novo e saudável. Candidatos do governo e da oposição poderiam montar uma sala da verdade. Sendo indagados por jornalistas sérios e capazes, colocando o real quadro nos setores mais complexos da gestão pública e apontando soluções. 

O Estado do Ceará é modelo em governança e resultado fiscal, próspero na economia, educação, saúde e atenção aos vulneráveis. 

O bolsonarista Capitão Wagner está se limitando ao cardápio de sempre: lives no Instagram e algumas investidas no sertão, mas não tem exército, apenas a mesma turma. O PDT já avisou: a oposição é que tem a obrigação de apresentar candidato. 


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