A Petrobrás anuncia nova política de preços de combustíveis, tendo entre as premissas a paridade internacional, e também uma redução nos valores nas refinarias já a partir da zero hora deste sábado, 15 de outubro. A redução média no preço do diesel será de 2,7% e da gasolina em 3,2%. Nova política de preços que pode gerar uma queda no preço da gasolina de 1,4% (R$0,05/L) e 1,8% (R$0,05/L) no Diesel
A Petrobras estima que, se a queda de preços concedida nas refinarias for integralmente repassada para o consumidor, a gasolina poderá ficar 1,4% mais barata para o consumidor final, nos postos de revenda. Isso significaria uma retração de R$ 0,05 por litro. A queda projetada para o óleo diesel é de 1,8%, ou R$ 0,05 por litro.
O repasse dessa queda de preço, no entanto, depende de decisões das distribuidoras e postos de revenda, já que o mercado não é controlado. A Petrobras ressalta que não tem como controlar o preço ao consumidor e que essa é apenas uma projeção.
A Petrobras prevê avaliações para revisão de preços pelo menos uma vez por mês. "É importante ressaltar que, como o valor desses combustíveis acompanhará a tendência do mercado internacional, poderá haver manutenção, redução ou aumento nos preços praticados nas refinarias", diz a nota ao mercado, para depois apresentar os valores da redução a partir de sábado.
O presidente da empresa, Pedro Parente, participa de coletiva de imprensa para detalhar a nova política de preços anunciada. Com o presidente estão o diretor Financeiro, Ivan Monteiro, e de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino. Eles fazem parte do comitê denominado Grupo Executivo de Mercado e Preços, que tomará decisão sobre a necessidade de ajustes nos valores dos combustíveis nas refinarias, conforme a nova política de preços da estatal, anunciada hoje.
"Para permitir maior flexibilidade na gestão comercial de derivados e estimular o aumento de vendas, a Petrobras também avaliará conceder descontos pontuais para o diesel e a gasolina em mercados específicos. Em hipótese alguma, esses descontos implicarão em preços abaixo dos custos da empresa", diz, em comunicado.
O diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino, afirmou que a nova política de preços de combustíveis da estatal terá como referência o mercado internacional. "Quem faz preço é o mercado, essa é a lógica da nossa política. Ele ressaltou as características da comercialização de commodities, argumentando a necessidade de a Petrobras acompanhar os preços internacionais.
"Margem está ligada aos preços de importação, riscos e tributos. "Essa é a forma como a gente vai precificar", afirmou, em coletiva de imprensa para explicar a nova política.
Além disso, Celestino disse que a "financiabilidade" da Petrobras e a concorrência serão considerados na definição de preços. "Pode-se esperar um número maior de reajustes", afirmou o presidente da Petrobras, Pedro Parente, no sentido de mudanças de preços.
Ainda a Petrobras poderá promover descontos especiais, regionalmente, para estimular vendas, como destacou Celestino, ao que Parente completou: "Mas os preços nunca serão inferiores aos do mercado internacional".
BR Distribuidora. O diretor Financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, afirmou que mais de 90 "teasers" com a modelagem de venda da BR Distribuidora foram distribuídos a possíveis interessados na compra da subsidiária. Ele afirma que o número de interessados está sendo muito maior do que nas outras vezes em que a empresa foi ao mercado atrás de investidores.
O executivo ressaltou ainda que investidores estratégicos, de perfil financeiro, estão no grupo de possíveis compradores da BR. Ontem, por exemplo, a rede varejista Lojas Americanas divulgou fato relevante informando que analisa a proposta e que tem interesse no negócio.
Fonte: Estadão.