Por Reginaldo Vasconcelos, advogado e jornalista, titular da cadeira de nº 20 da Academia Cearense de Literarura e Jornalismo
O melhor “conto de Natal” que conheço é aquele em que o jovem marido vende a sua única gravata, de seda italiana, para comprar um broche de ouro – enfeite para os longos cabelos da mulher, na noite de Natal.
Mas, quando a vai presentear, ela vendera as madeixas douradas para agraciar o marido com um áureo broche de gravata.
Sem poder competir com esse conto delicado, faço uma crônica de Natal com o fato angustiante de que a histórica mesa de mármore-rosa da Tenda Árabe, em torno da qual nasceu a ACLJ, não suportou a prolongada ausência de seus ilustres ocupantes das terças-feiras e tentou o suicídio.
A seção curva da mesa ruiu e se quebrou – e a jazida goiana daquele mármore já se exauriu há muitos anos, sendo impossível adquirir uma nova pedra para fazer a reposição.
A única solução era tentar restaurá-la, tentativa para a qual todos os especialistas cobravam caro, não garantiam conseguir bom resultado, muito menos concluir o trabalho ainda este ano.
Porém apareceram alguns anjos que se empenharam em enfrentar o desafio, notadamente um tal “Francisco” (que não se perca pelo nome).
Depois de um longo expediente de trabalho ele invadiu a madrugada de hoje bolando pelo chão com suas poções mágicas e suas máquinas milagrosas, até a obtenção do resultado desejado e não garantido pela marmoraria em que trabalha.
Os agradecimentos especiais vão para os confrades Adriano Jorge, Arnaldo Santos e Altino Farias, que se juntaram a nós nessa empreitada.
Feliz Natal a todos.
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