25 junho 2021

Policial militar que participou da emboscada para matar o senador Cid Gomes é expulso da PM após decisão da Controladoria Geral de Disciplina


A Controladoria-Geral de Disciplina (CGD) anunciou nesta quarta-feira, (23) que realizou a primeira expulsão da Polícia Militar de policial participante de motim em fevereiro de 2020. As ações culminaram em incidente que terminou com atentado contra o senador Cid Gomes  (PDT), em quartel no município de Sobral, região Norte do Ceará. No início da semana, o Ministério Público indiciou 33 policiais por tentativa de homicídio e denunciou dois oficiais por outras infrações.

O soldado expulso pela CGD é um militar chamado Raylan Kadio Augusto de Oliveira que aderiu à ocupação do 18º Batalhão de Polícia Militar, no Antônio Bezerra.

O motim teve início no dia 18 de fevereiro e encerrou no dia 1º de março de 2020.  Os militares queriam reajuste salarial, item que foi negociado com representantes dos policiais, mas a negociação foi rechaçada pela categoria. Isso fez com que o motim prosseguisse.

O Governo do Estado negociou com os amotinados e cedeu em alguns pontos, mas não aceitou anistiar quem participou do movimento. Dentre as reivindicações atendidas estavam o reajuste pago em três parcelas, sendo a primeira parcela a maior: 40%. Além disso, houve a incorporação das gratificações. Isso fez o salário-base da PM no Ceará subir de R$ 3,2 mil para R$ 4,5 mil, em 2022.

Enquanto durou o motim foi registrado aumento drástico na taxa de homicídios no Estado. Foram 312 homicídios, ante 57 registrados no mesmo período no ano anterior. A crise provocou a convocação da Força Nacional de Segurança para remediar a ausência de policiamento.

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