Nesta segunda-feira, às 17 horas, o PDT reúne seu diretório estadual para escolher o candidato ao governo, se nenhum fato novo surgir. Na política, tudo pode acontecer ou nada. É assim, quando as partes não querem. A título de hoje, o PDT terá uma aliança com menos partidos, mas com discurso forte. A sigla tem candidato a presidente da República e a governos, em todos os estados, isolado ou coligado.
Em 2014, nesse período, o governador Cid Gomes surpreendeu o mundo político, ao anunciar o nome do deputado Camilo Santana como candidato ao governo e seu sucessor. Ganhou a revolta de Eunicio, Zezinho, Domingos Filho e Mauro Filho. Ao mesmo tempo que apresentou Camilo, criou na aliança uma briga com uma ala do PT, que permanece. Os petistas não queriam mais seguir ao lado de Cid, por conta da derrota em Fortaleza, onde Cid elegeu Roberto Cláudio, derrotando Elmano de Freitas e Luizianne Lins.
O cenário atual é o inverso. Cid não lançou um nome, optou por quatro pré-candidatos com a missão de participarem dos encontros regionais, viajar o Ceará, ouvindo a sociedade, conceder entrevistas para se tornarem conhecidos e, por último, lançando uma pesquisa que definiria o mais popular. Foram sete meses de agitação política na capital e no sertão, mas a meta não foi atingida. O PT criou dificuldades, ao impor o nome da governadora Izolda Cela. O ambiente saiu do campo interno do PDT e o jogo político se tornou complicado, contaminando outros partidos. A sucessão estadual virou dramalhão.
Os últimos lances do jogo entre PT e PDT se deram na Expocrato. Roberto Cláudio, com seus apoios de um lado do campo, e Izolda, com o PT do outro. Ficou clara a divisão, com exposição pública.
No crepúsculo desta segunda-feira, 18, o PDT irá tentar clarear o campo para uma retomada. A escolha do candidato será através do voto do colegiado, última instância do partido. Os desdobramentos serão vistos até 4 de agosto, dia do encerramento das convenções e registros de atas, oficializando coligações ou consolidando divórcios políticos.
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