17 junho 2022

Processo de privatização da Lubnor deve passar pela apreciação da Câmara

 


Visita na Lubnor Foto: Evilázio Bezerra

Em defesa do patrimônio da cidade, parlamentares formaram duas comitivas e visitaram a Lubnor – Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste, refinaria da Petrobras, no período da manhã e da tarde. A reunião foi motivada pelo impasse causado pelo anúncio da privatização da Lubnor, tendo em vista que parte do terreno em que a empresa está localizado é de propriedade da Prefeitura de Fortaleza, cerca de 30% da área. 

A formação da comissão especial foi proposta pelo vereador Gardel Rolim (PDT), líder do governo na Casa. O parlamentar integrou a comitiva no período da manhã e reforçou que o processo de privatização da refinaria deve envolver a Câmara Municipal e a Prefeitura de Fortaleza, pois precisa ser validada por lei. “Sabendo da intenção de privatização da Lubnor, nós provocamos uma visita para que pudéssemos conhecer as instalações e se inteirar do processo de negociação que a Petrobras está fazendo com a empresa Grepar. Qualquer negociação não pode desprezar a Câmara e a Prefeitura, que devem participar desde o início do processo de concepção do projeto de privatização”, declarou Gardel Rolim. 

No período da tarde, os vereadores Ronivaldo Maia (PT), Larissa Gaspar (PT), Wander Alencar (Rede) e Dr. Luciano Girão (Progressistas) conheceram o funcionamento e as instalações da empresa, que é responsável pela produção de 13% do asfalto do Brasil e abastece principalmente os estados da região Norte e Nordeste.

  • Visita na Lubnor Foto: Evilázio Bezerra
  • Visita na Lubnor Foto: Evilázio Bezerra
  • Visita na Lubnor Foto: Evilázio Bezerra
  • Visita na Lubnor Foto: Evilázio Bezerra
  • Visita na Lubnor Foto: Evilázio Bezerra

A vereadora Larissa Gaspar (PT) reforçou que o momento foi fundamental para entender o funcionamento da refinaria e a sua importância para o país. “A Lubnor representar muito não só para o nosso estado, mas também para todo o Nordeste e Norte. O representante da empresa nos orientou que existe uma decisão da Petrobras para realização de desinvestimentos e o ativo escolhido foi a Lubnor. Já foi feito um contrato de compra e venda entre a empresa e a Grepar, porém como esse imóvel se encontra em um terreno de titularidade de Fortaleza, uma questão que vai precisar ser discutida”, comunicou Larissa.

Wander Alencar (Rede) deu destaque ao impasse com a venda do terreno e a sua tratativa no plenário da Casa Legislativa. “A reunião foi produtiva. Recebemos orientações por parte dos representantes da Lubnor com relação ao terreno e o impasse sobre a venda. A gente teve conhecimento da área que é compartilhada entre ente público e privado e nós precisamos rever essas questões nos debates na Câmara Municipal com relação à venda. Existe uma proposta de venda da Petrobras para com a Prefeitura de Fortaleza, no entanto a gestão reivindica um valor maior. Segundo a Petrobras o que a gestão pede não condiz com o valor real. A gente vai levar esse debate pra Casa e vamos ver a melhor maneira para resolver”, contou.

Luciano Girão (PP) definiu a reunião como produtiva e que o povo de Fortaleza não pode ser prejudicado. “Fomos bem recebidos pelo representante da Lubnor. A reunião só nos serviu para solidificar nosso entendimento de que o povo de Fortaleza não pode ser prejudicado. A Prefeitura precisa ser respeitada e os fortalezenses também. O prefeito José Sarto não medirá esforços para que tenhamos assegurados nossos direitos”, pontuou. 

Ronivaldo Maia (PT) evidenciou que há um sentimento por parte do fortalezense e manifestado pelo prefeito e pela Câmara Municipal de Fortaleza de que o patrimônio, a Lubnor, precisa se manter em Fortaleza. “A Lubnor precisa se manter em nosso território, é patrimônio do povo brasileiro. Por essa razão, acho que é nesse sentido que a gente volta da reunião mais convicto que não devemos abrir mão desse patrimônio que fabrica, exclusivamente, alguns produtos que em outros lugares do Brasil não produz. Há uma orientação por parte do Governo Federal de entregar o refino e eu acho que tanto a Câmara como a Prefeitura devem cumprir o papel de resistência”, defendeu Ronivaldo.

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