Coluna de Elba Aquino / Jornal Opinião
A inspeção sanitária é fundamental para garantir ao consumidor um “atestado de qualidade” e ao produtor abertura de mercado. Produtos inspecionados podem ser comercializados para outros estados e até exportados. É um ganho substancial para o agronegócio regional. A grande questão é o custo. Pequenos municípios e pequenos produtores acabam não tendo condições de arcar com as despesas. A alternativa são os consórcios públicos.
No Ceará, a estratégia está dando certo. O Consorcio de Desenvolvimento da Região do Sertão Central Sul (CODESSUL) é o primeiro do estado a realizar inspeção sanitária de produtos de origem animal. A iniciativa se integra ao projeto Ampliação de Mercados de Produtos de Origem Animal para Consórcio Públicos de Municípios (ConSIM), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Entre os oito municípios consorciados, os produtores da Cooperativa Agropecuária de Senador Pompeu, já colhe resultados com o selo de inspeção que possibilita ao abatedouro de frangos vender produtos em toda a região do consórcio. O abatedouro da COSENA tem capacidade para abater até 900 aves por hora de mais de 100 produtores cooperados.
Segundo Vanier Silva, Superintendente do CODESSUL, o Consórcio já entrou com um processo junto ao Ministério da Agricultura e, em breve, poderá ter equiparação ao SISBI. Assim, os produtos da região poderão ser enviados para qualquer estado do país. O queijo feito em Milhã, Solonópole e Irapuan Pinheiro, a carne bovina de Pedra Branca e o mel de Piquet Carneiro, Mombaça e Acopiara poderão chegar em todo o território nacional.
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