Criada a partir da parceria entre a Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa e o Governo do Estado, o evento teve início com apresentações teatrais dos alunos e o compartilhamento de informações sobre a Lei Maria da Penha, o problema da violência doméstica e as consequências da cultura do machismo. O evento ocorreu no Liceu Almir de Freitas Brandão.
Para a procuradora Especial da Mulher na AL, deputada Augusta Brito (PCdoB), a participação massiva de escolas de vários municípios da região mostram o sucesso da iniciativa. “Cada vez que a caravana chega a uma cidade, existem outras solicitando a participação. Hoje, aqui em São Benedito, vieram estudantes de várias outras escolas”, ressaltou.
A parlamentar avaliou que o alcance da iniciativa não se limita apenas aos encontros nas escolas, pois cria uma plataforma de debates sobre os temas propostos, tendo como principal o problema a violência doméstica. “O trabalho continua após a caravana. Os diretores podem criar estratégias que acharem melhor para manter esse assunto sendo debatido nas escolas, junto com os alunos, seja por vídeos ou experiências que possam compartilhar os resultados após a passagem da caravana”, explicou Augusta Brito.
A coordenadora Especial de Políticas Públicas para Mulheres do Estado, Sílvia Cavallerie, defendeu os resultados da caravana e a continuidade dela como forma de conscientizar os jovens. “Quanto mais houver o debate, menos haverá polêmica e mais surtirá efeito para as políticas públicas que se quer atingir. Discutir sexo, igualdade de gênero e violência doméstica é muito valoroso, porque os jovens estão saindo com aprendizados fundamentais”, comentou.
A estudante Luíza Gonçalves, da Escola Municipal Virgem Poderosa, afirmou que a cultura do machismo gera problemas sociais, inclusive a violência doméstica e o assédio sexual contra mulheres. A jovem disse acreditar que gerar discussões como as propostas na caravana podem mudar essa realidade. “Temos que juntar forças para combater isso e, se esse trabalho for feito principalmente para nós, que somos jovens, podemos trazer consciência para as próximas gerações”, avaliou a jovem.
A opinião de Luíza também foi compartilhada pelo estudante Anderson Xavier, de 18 anos. Ele foi um dos atores da peça que retratou as consequências da violência doméstica. “Tudo isso nasce de uma ideologia que, às vezes, é passada até pelos familiares. Se conseguirmos fugir disso por meio da arte, ou pelo conhecimento, como o que está sendo proposto aqui, podemos criar cidadãos com outra consciência”, disse.
Além de São Benedito, a caravana vai passar pelo município de Ipu, na tarde desta quinta-feira (14/09), e de Guaraciaba do Norte e Tianguá, na Serra da Ibiapaba, nesta sexta-feira (15/09).
A iniciativa é uma ação da Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa, em parceria com o Governo do Estado, por meio das coordenadorias de Mulheres e da Juventude e da Secretaria da Educação (Seduc).
Serviço - Caravana de Combate à Violência contra a Mulher
15/09 - 9h
EEEP José Maria Melo.
Avenida Tenente Matias, CE-187, Guaraciaba do Norte.
15/09 - 14h
EEEP Professor Sebastião Vasconcelos Sobrinho.
Estádio de Tianguá.
Da Redação/GS
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