Dentre os recibos, nos quais os valores da locação variam de R$ 3.660 mil a R$ 4.300 mil, os referentes aos meses de junho de 2014 e novembro de 2015 estão com datas inexistentes. No de 2014, além de constar a data 31, inexistente naquele mês, há outro recibo que confere um pagamento de R$ 4.300 mil no dia 30 de junho, ou seja, dois pagamentos de alugueis referentes a um único mês.
No caso de novembro de 2015, o pagamento, também de R$ 4.300 mil, está datado no dia 31, data igualmente inexistente no mês. Todos os recibos são assinados por Glaucos da Costa Marques, réu, assim como o ex-presidente Lula, no processo, e têm como locatária a ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu este ano.
Em depoimento, Moro já havia cobrado a entrega dos recibos, mas o petista respondeu, à época, não ter certeza sobre os documentos. "Deve ter recibo", disse.
Processo
Ao apresentar os recibos, os advogados de Lula escreveram na petição que "nenhuma prova" foi apresentada comprovando o recebimento por parte de Lula dos "benefícios diretos dos recursos desviados".
Embora já esteja na fase final, o processo que apura o repasse de R$ 13 milhões da Odebrecht a Lula por meio do imóvel e um terreno para a construção do Instituto Lula pode ser suspenso caso o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) acate o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa.
Fonte: Uol.
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