O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi detido na manhã desta sexta-feira (8) por equipes da Polícia Federal em sua casa, no bairro Chame-Chame, em Salvador. Os policais chegaram ao imóvel por volta de 5h30 e saíram de lá as 7h. Geddel foi levado no banco de trás do carro e, mesmo com os vidros fechados, tentou cobrir o rosto. O delegado da PF Marlon Cajado, responsável pelas investigações da Operação Cui Bono, que pediu a prisão preventiva do ex-ministro que já cumpria prisão domiciliar.
Vendendor ambulante foi usado como testemunha para a ação da PF no imóvel de Geddel (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Alguns moradores da rua Plínio Moscoso, onde fica o Condomínio Pedra do Valle, nº64, acompanharam a saída da PF. Segundo a TV Bahia, um vendedor ambulante que estava na rua no momento da chegada dos policiais foi levado para dentro do prédio para servir de testemunha. Um funcionário do prédio também foi levado como testemunha.
A prisão de Geddel de hoje faz parte da quarta fase da operação Operação Cui Bono. Além do ex-ministro, há um mandado de prisão contra Gustavo Ferraz, que é acusado de envolvimento com o político baiano. Há também outros três mandados de busca e apreensão.
Na terça-feira (5) a PF flagrou mais de dez caixas e malas com R$ 51 milhões dinheiro em espécie em um imóvel que seria usado pelo ex-ministro para esconder as notas no bairro da Graça, em Salvador. A PF precisou de 14 horas para contar o dinheiro em sete máquinas bancárias para fazer a contagem. O dinheiro foi depositado em uma conta judicial.
A PF possui quatro provas que reforçariam a ligação Geddel com o dinheiro. A perícia encontrou impressões digitais de Geddel em malas e caixas onde estavam estocadas as cédulas no apartamento.
Foto: Divulgação/Polícia Federal
Buscas na casa da mãe
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara em Brasília, autorizou a busca e apreensão em três endereços na manhã desta sexta-feira (8), entre eles a casa da mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Ao pedir a busca, a Polícia Federal alegou que "há grande probabilidade" de que nos endereços existam documentos que comprovem a prática de crime e "inclusive, mais dinheiro de origem ilícita".
A PF foi nesta manhã (8) na casa de Geddel, de Gustavo Ferraz - ambos presos preventivamente - e da mãe do ex-ministro, que mora no mesmo prédio do filho em Salvador (BA). Por essa razão, a polícia considerou que "não se descarta que o mesmo possa utilizar a residência da mãe para ocultar documentos e valores decorrentes e sua empreitada criminosa, retirando-os do seu apartamento, mas se encontrando em local de pronto acesso".
Fonte: Correio 24 Horas.
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