Carlos Gibaja - Foto
A partir do cruzamento de 30 indicadores de fontes oficiais, o ISDEL posiciona os Estados e Municípios numa escala que varia de 0 até 1. Quanto maior o resultado do índice, maiores são as condições para o crescimento econômico e social.
Entre os estados do Nordeste, o Ceará apresentou o melhor resultado do ISDEL, com uma pontuação de 0,365. Com esse índice, o Ceará fica na 13ª colocação no ranking nacional, que é liderado por São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
As melhores avaliações do Ceará foram nas dimensões de Governança para o Desenvolvimento e Tecido Empresarial, com ambas na 9ª posição no ranking nacional. Já na dimensão Organização Produtiva, o estado cearense ocupa a 12ª posição nacional e, nas dimensões Capital Empreendedor e Inserção Competitiva, está na 16ª posição.
Para o secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará, Cesar Ribeiro, esse índice coloca o Ceará em destaque não só na região Nordeste como também no País. Isso porque é um resultado dos investimentos realizados em áreas como infraestrutura, educação e economia. “Vários projetos que já são uma realidade no Estado, como a Trinca de Hubs, com os hubs aéreo, portuário e tecnológico, mostram que o estado tem uma ambiência e potencial favoráveis para receber mais investimentos, além de dar sustentabilidade aos já existentes”, disse.
Segundo Ribeiro, outra preocupação do Governo do Ceará diz respeito à interiorização de investimentos e desconcentração do PIB da Região Metropolitana de Fortaleza, levando desenvolvimento, emprego e renda para as cidades do interior. Entre as ações realizadas nesse sentido, ele destaca os polos industriais de Guaiúba, Vale do Jaguaribe, Crateús e Cariri, que envolvem indústrias das áreas química, metalmecânica, calçados, mineral e microempreendimentos de áreas diversas.
Para potencializar a atração de investimentos para as cidades do interior, recentemente o governador Camilo Santana assinou Ato Normativo que implementa uma política de incentivos fiscais baseada no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDM). Atualmente, 126 municípios cearenses, que reúnem mais de 28% da população do Estado, estão categorizados na classe 4, que apresentam um baixo nível de desenvolvimento humano municipal. A proposta é enquadrar no âmbito do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) a concessão de benefício fiscal de ICMS no percentual de 75% com 1% de retorno para as indústrias que se instalarem nos municípios com baixo IDM.
Sobre o índice
O ISDEL posiciona os territórios entre uma escala que varia de 0 a 1, onde estão os níveis mínimos e máximos de desenvolvimento. O índice analisa 30 indicadores, com base em fontes oficiais, divididos em cinco dimensões: Capital Empreendedor (educação, renda e densidade empresarial), Tecido Empresarial (relacionado à existência de elementos do tecido social, tecido empresarial, programas e ações associativistas), Governança para o Desenvolvimento (participação e controle social, articulação e gestão pública), Organização Produtiva (aglomerações e diversificação produtiva) e Inserção Competitiva (especialmente informações do comércio internacional).
Fonte: Ceará.gov
Nenhum comentário:
Postar um comentário