25 setembro 2019

Cimento Apodi irá investir R$ 300 milhões nos próximos cinco anos

Cimenteira da Apodi no Pecém. Foto: Divulgação

A Cimento Apodi irá investir a cifra de R$ 300 milhões nos próximos cinco anos em suas unidades do Norte e Nordeste. De acordo com o CEO da companhia, Adauto Farias, a expectativa é que a economia retome o caminho do crescimento. “Estamos retomando a segurança jurídica e criando uma boa base para que o nosso crescimento não seja um voo de galinha. Aguardamos por isso”, declarou o empresário.

O otimismo do crescimento do mercado de cimento depende também de como a construção civil irá se comportar. A falta de lançamentos, os atrasos nos repasses do Minha Casa Minha Vida e a fraca resposta da cadeia produtiva refletem diretamente no segmento. “A construção civil é uma inércia muito grande. Não consegue se mexer muito rápido. É a primeira a entrar na crise e a última a sair”, afirma.

O mercado internacional seria uma das prováveis tábuas de salvação? O empresário acredita que sim. Contudo, o custo logístico e os entraves burocráticos prejudicam a operação. “Nós temos preço para competir no mercado internacional. Temos todas as condições de competir com a China. Infelizmente, não temos logística eficiente. Se eu doar cimento para o Haiti, que passou por problemas seríssimos, por conta de catástrofes naturais, eles vão comprar da China. Nossa distância é de seis dias. Para a China são 45 dias. Para o país, é mais barato comprar do que pegar a doação”, explicou.

Há também uma crítica com relação às “inaugurações” da tão sonhada refinaria no Ceará – instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. “O Complexo do Pecém foi pensando para ter a refinaria. ‘Inauguramos’ quatro vezes. Governos vieram, lançaram pedra fundamental. Teve um impacto muito grande no Cipp. Mas hoje ocorre uma transição para a readequação dos espaços deixados pelo empreendimento”, declarou.

A Cimento Apodi possui com três centrais de concreto, onze Centros de Distribuição (CDs) localizados nas regiões Norte e Nordeste e um laboratório de tecnologia de concreto.


*Focus.jor

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