A Fibromialgia é uma síndrome bastante dolorosa, generalizada e crônica, onde engloba diversas manifestações clínicas, como fadiga, dor, rigidez matinal, indisposição e distúrbio do sono. A dor apresenta-se em 18 pontos específicos, envolvendo a musculatura da coluna e membros. Pacientes relatam dores em queimação, pontada, sensação de peso, “dor cansada” ou como uma pancada. Apresentam, além da dor, irritabilidade e diminuição da capacidade de realizar qualquer atividade física, o que agrava ainda mais o quadro sintomatológico. Eventos estressantes ou traumáticos, como acidente de carro, lesões repetitivas, traumas emocionais, distúrbio do sono e mudanças hormonais, isolados ou combinados, são considerados gatilhos para o desenvolvimento desta síndrome.
Não existem exames específicos para comprovar essa síndrome. Porém, pode ser facilmente confundida com outros diagnósticos, como por exemplo, a síndrome da dor miofascial, devido à sua maior semelhança clínica. Esta última é uma síndrome de dor regional. À palpação, pode-se identificar nódulos fibróticos ou regiões musculares tensas.
O tratamento da Fibromialgia é baseado em seu quadro clínico. O paciente precisa ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar com médico, fisioterapeuta, nutricionista, educador físico, psicólogo dentre outros, para a realização de exercícios para alongamento e fortalecimento muscular, redução do estresse, relaxamento, hábitos saudáveis e medicação para o controle da dor e dos distúrbios do sono.
O exercício é fundamental para a redução do quadro sintomatológico. O aumento de endorfinas e a diminuição dos radicais livres parecem ser os principais fatores para essa justificativa. Porém, o quadro sintomatológico dos pacientes fibromiálgicos desencoraja-os a fazer qualquer tipo de atividade física, reduzindo os movimentos nos locais dolorosos por temerem um agravamento de seus sintomas, e assim aumento do grau de contratura muscular. Pensar dessa forma não seria correto, pois, o exercício pode promover um relaxamento nos pontos dolorosos, melhora dos sintomas e da qualidade de vida, além de promoverem um melhor condicionamento cardiovascular.
Ter qualidade de vida é ter uma percepção de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais se vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Como profissionais da saúde, preocuparmo-nos com a qualidade de vida de nossos pacientes ou clientes deve ser uma prioridade. Em pessoas com Fibromialgia além do quadro sintomatológico, encontramos um comprometimento na parte emocional. Precisamos, sim, tratar a parte física, mas sem esquecer que promover saúde significa, além de tudo, ver nossos clientes como um todo, que precisam de atenção global e completa de seu real estado de saúde.
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Prof. Dr. Eduardo Neves
Professor do Curso de Fisioterapia da UniAteneu
Doutor em Biotecnologia
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